Filho de acusado de matar menina Sophia é levado para abrigo após levar cintada no rosto durante ‘correção’ do avô paterno

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Christian Campoçano Leitheim está preso preventivamente desde 26 de janeiro pelos crimes de homicídio qualificado e estupro de vulnerável. Os filhos do réu, de 1 e 4 anos, estavam sob os cuidados dos avós paterno. A vítima estava sob os cuidados dos avós paterno.
Reprodução/RPC
Um menino, de 5 anos, filho de Christian Campoçano Leitheim, que está preso preventivamente desde 26 de janeiro pela morte da enteada Sophia, foi encaminhado para um abrigo após levar cintadas no rosto durante uma “correção” do avô paterno.
O g1 teve acesso a um documento de aplicação de medida protetiva de acolhimento institucional do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), que detalha que o menino deu entrada na escola com um hematoma em seu olho esquerdo. Ao ser questionado, a vítima relatou que havia apanhado de seu avô paterno “em sua face, pernas e nádegas”.
A direção da escola acionou o Conselho Tutelar, que registrou o caso como maus-tratos na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA). Ainda segundo o documento, o conselheiro tutelar procedeu ao acolhimento emergencial do protegido.
Sthepanie de Jesus da Silva e Christian Campoçano Leitheim durante audiência do caso Sophia
Jéssica Benitez
De acordo com o documento, no dia 15 de agosto, o avô se excedeu nos meios de correção, agredindo-o fisicamente, ocasionando-lhe hematomas nos membros superiores e inferiores. A agressão contou com a conivência da avó paterna.
O menino estava sob a responsabilidade dos avós paternos depois que a mãe abriu mão da guarda. O pai, Chistian, responde pelos crimes de homicídio qualificado e estupro de vulnerável da enteada Sophia Jesus Ocampos, de 2 anos, que morreu no dia 26 de janeiro de 2023.
Segundo o documento do MPMS, a mãe do menino não contribui com a educação e sustento do filho. “Não bastasse, ela possui histórico de violência doméstica praticada contra familiares, não possuindo condições para o exercício da guarda”.
Caso Sophia
Sophia morreu aos 2 anos.
Arquivo Pessoal/Reprodução
Trinta atendimentos antes de morrer. Socorrida já morta. Mãe e padrasto presos. Relato de homofobia contra o pai, que tentava a guarda. Os desdobramentos do caso Sophia mostraram que a menina era vítima frequente de violência, mas as autoridades não conseguiram agir a tempo de evitar a sua morte.
Sophia Jesus Ocampos, de 2 anos, morreu no dia 26 de janeiro de 2023. Ela foi levada já sem vida pela mãe à UPA do Bairro Coronel Antonino. Segundo o médico legista, o óbito havia ocorrido cerca de sete horas antes.
Em depoimento, a mãe confirmou que sabia que a menina estava morta quando procurou a unidade de saúde. O laudo de necropsia do corpo da menina, emitido pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), apontou que a causa da morte foi por traumatismo na coluna cervical e confirmou que Sophia foi estuprada.
A declaração de óbito aponta que a causa da morte foi por um trauma na coluna cervical, que evoluiu para o acúmulo de sangue entre o pulmão e a parede torácica. O documento ainda diz que a menina sofreu “violência sexual não recente”.
Stephanie de Jesus Da Silva e Christian Campoçano Leitheim, mãe e padrasto de Sophia, estão presos pelos crimes de homicídio qualificado e estupro de vulnerável.
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