Mercado imobiliário: Curitiba lidera valorização com alta de 18% em 2024

Em 2024, o mercado imobiliário brasileiro registrou uma alta significativa nos preços dos imóveis, com uma média de aumento de 7,73%, o maior índice desde 2013. Essa valorização, que varia de acordo com a região, reflete tanto o fortalecimento da economia quanto fatores regionais específicos, como o impacto do home office pós-pandemia e a expansão de infraestrutura em várias cidades.

Dentre as capitais que mais se destacaram, Curitiba liderou a lista com um aumento de 18%, seguida por João Pessoa com 15,54% e Aracaju com 13,79%. Essas cidades, especialmente as litorâneas, passaram a atrair mais pessoas buscando qualidade de vida e melhores condições de trabalho, o que impulsionou a demanda por imóveis e, consequentemente, os preços.

Segundo Paula Reis, economista da DataZap, “João Pessoa, por exemplo, experimentou um boom nos preços por conta do home office, com muitas pessoas optando por morar em locais mais tranquilos e com melhor qualidade de vida.”

Em São Paulo, a alta foi de 6,56%, abaixo da média nacional. A estabilização do mercado imobiliário paulistano é explicada pela menor variação na demanda, com uma diferenciação mais visível entre os bairros.

“Na Vila Mariana você vai ter um imóvel bem mais caro do que, por exemplo, na periferia de São Paulo, como na zona leste”, aponta Paula, ressaltando como as áreas mais densamente povoadas e com melhor infraestrutura são mais valorizadas.

Esse aumento nos preços, no entanto, não se aplica de forma igual a todos os segmentos do mercado. Enquanto imóveis menores continuam sendo os mais procurados devido à escassez de terrenos e à alta densidade populacional nas grandes cidades, imóveis de médio e grande porte também apresentam uma valorização, embora com um impacto maior para aqueles com financiamento de crédito.

O aumento da taxa de juros, que encareceu o crédito imobiliário, afetou principalmente a classe média, restringindo a demanda qualificada.

Com a perspectiva de um 2025 desafiador, especialmente para o segmento de médio padrão, devido ao custo mais elevado do crédito, a recomendação para quem pretende adquirir um imóvel é ter uma entrada maior para acomodar as novas parcelas.

Contudo, conforme a economista, o mercado de imóveis de luxo deve continuar com uma performance positiva, já que esse segmento está mais alinhado ao crescimento econômico geral.

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