Mulher diz que foi acusada de roubo por segurança de loja em Copacabana; caso é registrado como constrangimento ilegal

Uma outra cliente, que havia acabado de entrar na loja, gravou o momento em que a mulher se desespera. O fato foi registrado na 12ª DP (Copacabana) e encaminhado para a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Mulher diz que foi acusada de roubo por segurança de loja em Copacabana
Uma mulher afirma que foi acusada de roubo, na tarde desta terça-feira (7), em uma loja da Casa e Vídeo da Rua Figueiredo Magalhães, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Uma outra cliente, que havia acabado de entrar na loja, gravou o momento em que a mulher se desespera.
Sandra Silva de Carvalho diz que depois de ser acusada de roubo pelo segurança da loja, ainda foi obrigada a abrir e esvaziar a bolsa. Tudo que estava dentro ficou espalhado pelo chão.
“Quem me acusou foi esse cidadão aí, me acusando de roubo. Que isso, isso é uma injustiça”, diz a vítima em um vídeo registrado por outras pessoas que estavam na loja.
Sandra gravou um vídeo logo depois de registrar queixa na 12ª DP (Copacabana) para explicar como tudo aconteceu.
“Uma calúnia que me abalou muito. Nisso que eu acabei de fazer um pagamento via pix, eu desisti de comprar uma Coca-Cola. Eu dei para o rapaz que me atendeu no caixa. Quando eu paguei para sair, o segurança veio: ‘tira o que você roubou de dentro da sua bolsa. Abre a bolsa’. Tirei tudo da minha bolsa. Isso é discriminação, é uma coisa muito abusiva. Porque nós somos de cor, eles acham que nós negros somos ladrões”, desabafou Sandra.
Visivelmente nervosa, a vítima recebeu o apoio de outras pessoas que estavam no local.
“Não pode isso acontecer, gente! Só porque a moça é preta”, diz uma pessoa assistia à cena.
O crime foi registrado como constrangimento ilegal na 12ª DP (Copacabana).
“A tipificação tem como base a declaração da vítima, que não narrou ato explicitamente racista. Contudo, a ocorrência foi encaminhada para a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que dará continuidade à investigação a fim de apurar todos os fatos”, disse a Polícia Civil em nota.
Procurada pelo RJ2, a Casa e Vídeo disse que está apurando o caso e que oferece treinamentos constantes para todos os colaboradores. a empresa diz que não compactua e repudia qualquer atitude de discriminação e desrespeito ao próximo.
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