Preços do café devem seguir subindo, diz presidente de associação

Nos próximos meses o preço do café deverá subir, afirmou Carmen Lúcia Chaves de Brito, presidente da BSCA (Associação Brasileira de Cafés Especiais) em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

“Esperamos que esses primeiros três meses de 2025 ainda tenhamos um impacto muito forte de todos os problemas que vieram se somando nos últimos meses”, ela afirmou.

Nos últimos meses, o mercado global de café tem enfrentado uma alta significativa: a saca de café arábica subiu de R$ 1.000 para cerca de R$ 2.200.

A Bolsa de Nova York registrou um aumento de quase 80% no preço do café arábica em 2024.

A demanda internacional pela bebida continua firme, e as projeções de curto prazo não indicam aumentos expressivos na produção do grão.

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da ESALQ/USP, a produção brasileira de café não atinge mais o recorde de 2020, quando o país ultrapassou os 60 milhões de sacas.

Carmen Lúcia afirma que o café sofre com a falta de água e com as temperaturas excessivas, o que resulta em perda de produtividade.

“As chuvas, quando ocorrem, muitas vezes vêm em volumes muito grandes, prejudicando ainda mais a colheita”, disse ela.

O ideal, segundo a produtora, seria uma chuva bem distribuída, que pudesse manter a umidade do solo de forma constante, o que não tem sido o caso.

A safra de 2025 provavelmente será maior que a do ano passado, afirmou Carmen Lúcia, mas só será possível saber com precisão por volta de abril.

“Até lá, o mercado continuará nervoso devido à baixa oferta”, afirmou.

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