Soldado israelense não teve ajuda para deixar o Brasil, afirma embaixada

Fontes diplomáticas afirmaram que o militar recebeu apenas orientações sobre o andamento do processo e da investigação Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Pessoas ligadas à Embaixada de Israel no Brasil negam que houve qualquer ajuda financeira ou pedido expresso para que o soldado israelense Yuval Vagdani deixasse o Brasil, após a Justiça Federal determinar a investigação de supostos crimes de guerra. As informações são da CNN.

Fontes diplomáticas afirmaram que o militar recebeu apenas orientações sobre o andamento do processo e da investigação, e que a decisão de deixar o país foi tomada por Vagdani.

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores de Israel informou que a embaixada israelense no Brasil entrou em contato com o soldado e sua família, “prestando apoio durante todo o evento e garantindo sua saída rápida e segura” do Brasil.

Vagdani estava na Bahia como turista quando a Justiça brasileira ordenou à Polícia Federal que investigasse possíveis crimes de guerra cometidos por ele no conflito na Faixa de Gaza.

A ordem à PF foi expedida pela juíza federal Raquel Soares Chiarelli, em 30 de dezembro de 2024. Em nota divulgada no domingo (5), a Polícia Federal confirmou o recebimento da determinação e declarou que está “analisando a adoção das medidas pertinentes”.

Segundo a CNN, o soldado deixou o país no sábado, em um voo de Salvador (BA) para Buenos Aires, na Argentina.

A investigação foi solicitada por meio de uma notícia-crime formulada pelos advogados Maira Machado Frota Pinheiro e Caio Patrício de Almeida, que alegaram que Yuval Vagdani, um cidadão israelense e possível “criminoso de guerra”, estava em território brasileiro.

Os advogados argumentaram que, como signatário de tratados internacionais, o Brasil tem a obrigação de reprimir esses crimes, mesmo que cometidos fora de seu território.

O governo israelense, em nota, afirmou que tem alertado os cidadãos israelenses sobre publicações relacionadas ao serviço militar em redes sociais, destacando que “elementos anti-israelenses podem explorar essas publicações para iniciar processos judiciais infundados contra eles”.

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