Renda Variável em 2025: oportunidades para o investidor

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  Em 2025, a renda variável poderá enfrentar um ambiente de maior risco em comparação com anos anteriores, devido às crescentes incertezas no cenário econômico global. Segundo Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio “A  alta inflação, as taxas de juros elevadas e a instabilidade política e geopolítica criam um ambiente desafiador para muitos tipos de investimentos, porém o cenário é bem pior em 2025 para os investimentos de renda variável”. A inflação elevada pode impactar negativamente setores mais sensíveis ao poder de compra, como o varejo e bens duráveis. A alta de preços reduz a demanda dos consumidores, afetando a rentabilidade dessas empresas. Além disso, com o aumento dos custos e a persistência de juros altos, as perspectivas para ações se tornam menos promissoras. 

        No entanto, é importante lembrar que a atratividade ou risco de investir em renda variável não é uniforme e depende também do perfil de risco de cada investidor. Para aqueles mais conservadores, o cenário desafiador pode justificar uma redução na exposição a ações, buscando alternativas em renda fixa ou ativos de menor volatilidade. Já investidores com perfil arrojado, que toleram mais risco, podem encontrar oportunidades em setores resilientes ou em momentos de queda para realizar aportes estratégicos, mirando o longo prazo.

        Além disso, os fundos imobiliários com forte exposição ao varejo e imóveis comerciais também enfrentam um futuro incerto. O trabalho remoto continua a reduzir a demanda por espaços comerciais, enquanto o setor de shoppings sofre com a desaceleração no consumo. Adicionalmente, a alta de juros torna esses investimentos menos atrativos, devido ao impacto nos custos de financiamento e na valorização dos imóveis. Dentro desse cenário, as empresas com grandes volumes de dívida também vão enfrentar maiores dificuldades. Carlos Braga Monteiro exemplifica que com as taxas de juros em alta, essas empresas terão aumento nos custos como o financiamento, prejudicando a rentabilidade, gerando uma pressão sobre os preços das ações que podem levar a quedas significativas no valor de mercado.

        As ações de empresas de tecnologia também devem sofrer em 2025,  principalmente aquelas com modelos de negócios dependentes de expectativas de crescimento futuro, que podem enfrentar uma correção significativa em 2025. A alta das taxas de juros impacta negativamente os valuations dessas empresas, especialmente aquelas que ainda não são lucrativas. “A expectativa de aumento nos custos de financiamento pode tornar esses ativos menos atraentes.”, comenta Carlos Braga Monteiro. 

        Outro investimento que poderá não estar bem em 2025 são as ETFs que investem em mercados emergentes particularmente vulneráveis a choques externos. Além disso, a exposição a tensões geopolíticas, como a guerra na Ucrânia, pode tornar esses mercados ainda mais voláteis.  “A combinação de instabilidade política e econômica, somada ao aumento das taxas de juros nos países desenvolvidos, pode resultar em fuga de capitais, o que pressiona negativamente os preços desses ativos”, complementa Carlos Braga Monteiro. 

         Por fim, engane-se quem pensa que devido a alta recente as criptomoedas ficariam de fora dessa lista, as criptomoedas continuam sendo um dos investimentos mais voláteis e arriscados. “Com a crescente regulação do setor e a possível diminuição do apetite por ativos de risco, os preços das criptos podem sofrer quedas expressivas.”, afirma Carlos Braga Monteiro.  A incerteza econômica e a postura restritiva dos bancos centrais tornam o cenário desafiador para esses ativos digitais.

         Embora a renda variável ainda ofereça oportunidades, 2025 será um ano de maiores desafios. A combinação de inflação elevada, juros altos, instabilidade política e tensões mundiais, vão exigir cautela na escolha dos ativos. “Uma análise cuidadosa do cenário macroeconômico será essencial para os investidores que buscam minimizar riscos e proteger seus portfólios. A diversificação e o foco em ativos mais seguros e resilientes serão fundamentais para navegar por este ano desafiador.”, finaliza Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.

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