Ataque a tiros contra ônibus mata 3 israelenses na Cisjordânia; ‘Ninguém será poupado’, diz Netanyahu


Premiê israelense prometeu encontrar os autores do ataque, que transportava israelenses pela cidade palestina de Al-Funduq nesta segunda (6). Ataque a tiros contra ônibus mata 3 israelenses na Cisjordânia em 6 de janeiro de 2025.
REUTERS/Rami Amichay
Homens armados abriram fogo contra um ônibus que transportava israelenses na Cisjordânia ocupada nesta segunda-feira (6), deixando três mortos e sete feridos. Os mortos são israelenses, segundo o serviço nacional de ambulâncias de Israel, Magen David Adom (MDA).
O ataque ocorreu na vila palestina de Al-Funduq, em uma das principais estradas leste-oeste que atravessam o território. As vítimas são duas mulheres de cerca de 60 anos e um homem de 40 anos, informou o MDA.
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu “encontrar os desprezíveis assassinos” responsáveis pelo ataque desta segunda e “acertar contas com eles e com todos que os ajudaram. Ninguém será poupado”. O exército israelense disse estar à procura dos responsáveis pelo ataque.
Em comunicado, o grupo terrorista Hamas elogiou o ataque, mas não reivindicou a autoria.
A violência no território aumentou desde o ataque do Hamas, em 7 de outubro de 2023, a partir de Gaza, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza.
Nos últimos anos, palestinos realizaram dezenas de ataques com armas de fogo, facas e atropelamentos contra israelenses. Israel tem conduzido incursões militares quase diárias na região, que frequentemente resultam em tiroteios com militantes. Também houve um aumento acentuado nos ataques de colonos israelenses contra palestinos, o que levou os Estados Unidos a impor sanções.
O Ministério da Saúde palestino afirma que pelo menos 838 palestinos foram mortos por forças israelenses na Cisjordânia desde o início da guerra em Gaza. A maioria parece ser de militantes mortos em confrontos com tropas israelenses, mas as vítimas também incluem participantes de protestos violentos e civis que estavam no local.
Israel capturou a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental na guerra do Oriente Médio de 1967, e os palestinos reivindicam esses três territórios para o futuro Estado palestino.
Cerca de 3 milhões de palestinos vivem na Cisjordânia sob controle militar israelense aparentemente indefinido, enquanto a Autoridade Palestina, reconhecida internacionalmente, administra os centros populacionais.
Mais de 500.000 colonos israelenses vivem em mais de 100 assentamentos espalhados pelo território, que vão desde pequenos postos avançados em colinas até comunidades que se assemelham a subúrbios ou pequenas cidades. A maior parte da comunidade internacional considera esses assentamentos ilegais.
Enquanto isso, a guerra em Gaza continua sem perspectiva de término, embora haja relatos de progressos recentes em negociações de longa duração visando a um cessar-fogo e à libertação de reféns.
A guerra começou quando militantes liderados pelo Hamas cruzaram a fronteira em um ataque surpresa massivo há quase 15 meses, matando cerca de 1.200 pessoas, principalmente civis, e sequestrando cerca de 250. Cerca de 100 reféns ainda estão em Gaza, pelo menos um terço dos quais são considerados mortos.
A ofensiva aérea e terrestre de Israel matou mais de 45.800 palestinos em Gaza, segundo as autoridades locais de saúde, que afirmam que mulheres e crianças compõem mais da metade das mortes. Elas não especificam quantos dos mortos eram militantes. O exército israelense afirma ter matado mais de 17.000 combatentes, sem fornecer provas.
O Hamas sofreu perdas significativas, mas se reorganizou repetidamente após operações israelenses. Militantes dispararam três projéteis contra Israel a partir de Gaza nesta segunda-feira, um dos quais foi interceptado, segundo o exército. Não houve relatos de vítimas.
A guerra destruiu vastas áreas de Gaza e deslocou 90% da população do território, de 2,3 milhões de pessoas, muitas delas várias vezes. Centenas de milhares enfrentam um inverno frio e chuvoso em acampamentos improvisados ao longo da costa ventosa. Pelo menos sete bebês morreram de hipotermia devido às condições extremas, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.
Organizações de ajuda humanitária afirmam que as restrições israelenses, os combates em curso e a quebra da ordem em muitas áreas dificultam a oferta de alimentos e outros itens essenciais, urgentemente necessários.
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