‘Slow Living’: a tendência crescente entre a geração Z que ensina a ‘fazer nada’

Na era da hiperconexão e da pressão por produtividade, uma tendência surgiu como um convite para desacelerar e viver de forma mais consciente, é o ‘Slow Living’. Apesar de ter surgido ainda na década de 80, o movimento tem ganhado força nos últimos anos, principalmente entre a geração Z, como resposta à crescente cobrança por produtividade.

Mulher deitada lendo, praticando o slow living

Desacelerar e aproveitar os pequenos momentos pode fazer bem para a saúde mental – Foto: Unsplash/ND

A “Vida Lenta”, em tradução livre para o português, começou na Itália como uma resposta aos restaurantes fast food que haviam surgido na época.

Com o passar dos anos, o conceito expandiu-se para diversas áreas da vida, como moda, consumo e relações interpessoais.

Termos como “vida consciente”, “desaceleração”, “bem-estar na era digital” e “equilíbrio entre vida pessoal e profissional” têm sido cada vez mais pesquisados na internet, segundo o Google Trends, plataforma que permite acompanhar o volume de buscas.

Além disso, a hashtag #SlowLiving já foi usada mais de seis milhões de vezes no Instagram, mesmo que usar menos as redes sociais seja um dos princípios do movimento.

O que é Slow Living?

Estudos demonstram que desacelerar pode trazer várias vantagens para a saúde física e mental. Um artigo publicado pela Universidade de Harvard destaca que a prática de mindfulness – diretamente ligada ao Slow Living – reduz níveis de estresse, melhora a concentração e promove um sono mais reparador.

Mulher sozinha refletindo, praticando o slow living

A ideia é desacelerar e priorizar o que traz felicidade e equilíbrio – Foto: Freepik/ND

Desta forma, o estilo de vida busca equilibrar qualidade e quantidade, valorizando momentos simples e escolhas conscientes. É sobre viver com mais calma, aproveitando o momento presente e fazendo escolhas que realmente importam.

Em vez de correr atrás de prazos, notificações e listas infinitas de tarefas, por exemplo, a ideia é desacelerar e priorizar o que traz felicidade e equilíbrio.

Contudo, isso não quer dizer que precisa jogar o celular fora e largar o emprego. Praticar o Slow Living significa pensar nos detalhes, trocar o fast food por uma comida feita em casa, comprar menos por impulso e priorizar o que vai gerar maiores benefícios, trocar o tempo livre em frente as telas por uma caminhada ao ar livre ou um café tranquilo com um amigo.

Além disso, adotar um estilo de vida mais lento pode ajudar na sustentabilidade ambiental. O consumo consciente está diretamente ligado a escolhas que reduzem o impacto ambiental, como comprar de produtores locais ou evitar produtos descartáveis.

Grupo de amigos reunidos, praticando o slow living

Priorizar os amigos e viver conexões reais é um dos princípios do Slow Living – Foto: Unsplash/ND

Ou seja, é uma forma de viver de maneira mais consciente, curtindo as pequenas coisas e dando valor ao que realmente importa.

Como praticar o Slow Living?

Praticar o Slow Living não significa abandonar responsabilidades, mas sim reavaliar prioridades.

  • Reveja sua agenda: Identifique atividades que trazem verdadeiro significado e elimine compromissos supérfluos;
  • Desconecte-se: Reserve momentos longe das telas para se reconectar com você mesmo e com aqueles ao seu redor;
  • Valorize o momento presente: Pratique a alimentação consciente e aprecie atividades cotidianas, como cozinhar ou passear ao ar livre;
  • Escolhas sustentáveis: Priorize produtos locais, orgânicos e de menor impacto ambiental;
  • Crie espaços de pausa: Estabeleça momentos de silêncio e reflexão ao longo do dia.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.