Cerca de 200 pegadas de dinossauros de 166 milhões de anos são encontradas no Reino Unido

Pegadas de 166 milhões de anos descobertas na InglaterraReprodução/redes sociais

Pesquisadores descobriram cerca de 200 pegadas de dinossauros que datam da metade da Era Jurássica — há 166 milhões de anos — em uma pedreira em Oxfordshire, no sul da Inglaterra. O que se tornou o maior sítio de dinossauros descoberto no Reino Unido, mostra que répteis como o Megalossauro moviam-se ao longo de enormes trilhas na região.

A escavação na pedreira Dewars Farm, feita pelas universidades de Oxford e Birmingham, encontrou cinco trilhas extensas, uma das quais media mais de 150 metros de comprimento, disseram os pesquisadores nesta quinta-feira (2).

Rota dos dinossauros

As pegadas de carnívoros e herbívoros se cruzam em certo ponto, levantando questões sobre se e como os dois tipos de dinossauros estavam interagindo no Jurássico Médio, segundo os paleontólogos.

As pegadas enterradas vieram à tona quando o trabalhador da pedreira Gary Johnson sentiu “solavancos incomuns” quando estava retirando argila com seu veículo para expor o piso da pedreira.

“É raro encontrar tantas pegadas num só lugar, assim como trilhas tão extensas”, afirmou Emma Nicholls, paleontóloga especializada em vertebrados do Museu de História Natural da Universidade de Oxford. Para ela, este local também poderá constituir um dos maiores sítios de pegadas de dinossauros do mundo.

Cerca de 100 pessoas participaram das escavações, num local que era uma antiga lagoa rasa de água quente. Os cientistas não sabem por que estas pegadas, deixadas na lama, foram preservadas desta forma, mas pode ser devido a “uma tempestade que depositou sedimentos sobre elas, o que teria ajudado a congelá-las”, disse Richard Butler, paleobiólogo da Universidade de Birmingham.

Quatro dos cinco dinossauros que deixaram pegadas no local eram saurópodes, herbívoros de pescoço longo, provavelmente da espécie cetiosaurus.

Megalossauro

O Megalossauro foi o primeiro dinossauro a ser nomeado e descrito cientificamente em 1824, dando início aos últimos 200 anos de ciência e interesse público sobre esses animais.

“Os cientistas conhecem e estudam o Megalossauro há mais tempo do que qualquer outro dinossauro da Terra e, no entanto, essas descobertas recentes provam que ainda há novas evidências desses animais por aí, esperando para serem encontradas”, disse Nicholls.

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