Brasil registra fluxo cambial negativo de US$ 15,9 bi em 2024 com alta recorde do dólar

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O Brasil encerrou 2024 com um fluxo cambial negativo de US$ 15,9 bilhões, marcando a terceira maior saída líquida de dólares desde 2008, de acordo com dados preliminares do Banco Central. A desvalorização do real e a disparada do dólar refletem incertezas fiscais e o ambiente econômico global desfavorável.

Dólar Dispara 27% em 2024

Ao longo do ano, o dólar acumulou uma valorização de 27,3% frente ao real. A alta foi intensificada após o anúncio do pacote de contenção de gastos do governo no final de novembro, que, segundo economistas, não foi suficiente para reequilibrar as contas públicas.

Para conter a volatilidade cambial, o Banco Central realizou uma intervenção histórica no mercado, vendendo US$ 21,5 bilhões em leilões à vista, o equivalente a 6% das reservas internacionais. Essa foi a maior injeção de dólares em um único mês desde o início do regime de câmbio flutuante, em 1999.

Impacto nas Reservas Internacionais
As pesadas intervenções em dezembro levaram a uma queda de 8,46% nas reservas internacionais entre novembro e dezembro, passando de US$ 363 bilhões para US$ 332,3 bilhões. Este é o menor nível registrado desde fevereiro de 2023.

No acumulado do ano, o fluxo financeiro foi negativo em US$ 84,39 bilhões, resultado de US$ 589,98 bilhões em compras e US$ 674,385 bilhões em vendas. Esse indicador considera operações como investimentos estrangeiros diretos, remessas de lucros e pagamentos de juros.

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