“China é um Brasil de olho puxado”, diz especialista sobre desaceleração econômica

Ascensão Econômica da China: Existem Riscos Nessa Aceleração Industrial?

A desaceleração da economia chinesa continua a gerar preocupações para 2025, especialmente após os dados mais fracos do que o esperado sobre a atividade industrial divulgados recentemente. Para o especialista em análise macro Fábio Fares, a China enfrenta desafios estruturais que dificultam uma recuperação consistente, o que pode limitar sua influência no crescimento global e impactar setores econômicos ao redor do mundo.

Durante entrevista à BM&C News, Fares destacou: “A China é um Brasil de olho puxado”, referindo-se à condição de mercado emergente do país e ao crescimento acelerado que teve no passado, mas que agora enfrenta entraves políticos e econômicos.

A dinâmica da economia chinesa

Durante entrevista à BM&C News, Fábio Fares comparou a economia chinesa a de outros mercados emergentes, destacando que o “boom” experimentado pelo país entre 2002 e 2010 foi único e dificilmente será replicado. “A China cresceu a partir de um ponto muito baixo, mas hoje enfrenta dificuldades que limitam sua sustentabilidade, como a falta de liberdade econômica e a imprevisibilidade política”, afirmou Fares.

Ele também alertou para o fato de que o modelo chinês, baseado em controle estatal, não oferece as mesmas garantias que as economias de mercado, como os Estados Unidos. “A China precisa crescer no mínimo 5% para manter a ordem interna, mas não será mais o motor global de crescimento como no passado”, acrescentou.

Impactos para o Brasil e a economia global

O especialista foi categórico ao dizer que o Brasil precisa reduzir sua dependência do crescimento chinês. Segundo ele, “o sonho de que a China vai puxar o Brasil novamente ficou no passado”. A demanda por commodities, que já foi o principal vetor de crescimento brasileiro impulsionado pela China, dificilmente voltará aos níveis de anos anteriores.

Fares destacou que o Brasil deve focar em solucionar seus problemas estruturais, como governança e desenvolvimento econômico independente. “O Brasil vende alimentos e o mundo precisa de alimentos, mas depender de um único parceiro comercial é um erro estratégico”, comentou.

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