2025: Santander prevê 11% de crescimento de receita para varejistas listadas na bolsa

setor de varejo

Apesar de projetar Selic a 14,25% até março e o dólar flutuando entre R$ 5,70 e R$ 6, o Santander vê as varejistas listadas na bolsa resilientes nos próximos dois anos, com previsão de crescimento de receita de 11% em 2025 e de 10% em 2026. “Também estimamos uma expansão de margem Ebitda de 4,8% em 2025, e de 4% em 2026″, disseram os analistas Ruben Couto, Ulisses Argote e Felipe Ballevona, que assinaram o relatório.

Para os analistas, os juros devem afetar especialmente segmentos de maior valor agregado. “O crédito deve apoiar o consumo em categorias essenciais, ajudando a manter o crescimento real das vendas.” No contexto, considerando todo o varejo brasileiro, o banco avalia que o estímulo ao consumo no Brasil, dado pelo crescimento da renda real, ajuda a explicar a alta nas vendas seguidamente neste ano (aqui a série histórica). Até outubro de 2024, o comércio registrou crescimento no volume de vendas de 5%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – este é o último dado divulgado. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 4,4%. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a renda real, no terceiro trimestre, cresceu 3,7% na análise interanual.

NA BOLSA – No mercado de ações, porém, outra realidade. O setor de varejo é negociado com um desconto de 32% no preço médio de compra em relação à média histórica de três anos, de acordo com o banco, o que “evidencia uma falta de correlação entre os sólidos fundamentos econômicos e o ceticismo dos investidores quanto à recuperação dos múltiplos”. Para 2025, os analistas recomendam uma abordagem seletiva ao comprar ações das varejistas, priorizando empresas defensivas com baixa alavancagem e maior resiliência a altas taxas de juros.

Para os investidores menos avessos a riscos, é sugerido considerar companhias com potencial de recuperação de múltiplos (caso os indicadores econômicos melhorarem). “O desempenho das empresas no varejo será desigual, com algumas se beneficiando de fundamentos mais sólidos”, afirmou banco, que também considera que a volatilidade permanecerá alta, especialmente para empresas mais expostas às taxas de juros. 

NO TOPO – O grupo RD Saúde (ecossistema dono de marcas como Raia e Drogasil), é destacado entre as defensivas por apresentar baixa sensibilidade às taxas de juros e margens estáveis devido ao seu forte posicionamento no mercado farmacêutico. Entre as outras empresas defensivas recomendadas estão C&A, Natura, Grupo SBF, Azzas, Smartfit, Vivara e Petz. Magazine Luiza, Carrefour e Assaí, por outro lado, são avaliadas de maior risco, mas com possível maior recompensa.

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