Estrangeiros atravessam a fronteira com o Brasil para tentar a sorte na Mega da Virada

Paraguaios e argentinos estão indo até Foz do Iguaçu, no Paraná, para tentar a sorte no maior prêmio da história da loteria brasileira. Estrangeiros atravessam a fronteira para apostar na Mega Sena da Virada
Os apostadores da Mega da Virada estão ganhando concorrência internacional em Foz do Iguaçu, no Paraná.
É um sonho que não tem fronteiras. “Sorte, mucha sorte”, diz um argentino.
Nas lotéricas que ficam perto da Ponte da Amizade, o JN encontrou paraguaios, como o Nestor. Ele caminhou 5 quilômetros desde a casa dele, em Cidade do Leste, para fazer uma aposta no Brasil.
“Atravessei a ponte para cá, vim a pé e vou voltar a pé. Vou atravessar para lá e aguardar o resultado”, conta Nestor Acuña.
Os argentinos também estão com a esperança de ganhar o prêmio milionário. Nem todos calculam quanto o prêmio de R$ 600 milhões renderia na moeda do país vizinho.
“Não dá, não tem número na calculadora, não dá pra fazer numeração”, brinca Wilson, apostador argentino.
Para atrair os clientes, algumas lotéricas aceitam moedas estrangeiras no pagamento das apostas. E os paraguaios e argentinos tentam a sorte de todos os jeitos.
“Tem a partir de R$ 5 até R$ 25 mil. Então, aposta de 6 dezenas, 15 dezenas, 11 dezenas. Dessa vez veio bastante, eles querem ganhar”, explica Marilene Pereira, funcionária de uma lotérica.
Qualquer pessoa pode apostar na Mega da Virada. Se um estrangeiro ganhar o prêmio, vai precisar fazer um CPF para receber o valor. É uma das regras da loteria.
O processo para conseguir o documento pode ser feito pela internet, mesmo que o apostador não more no Brasil. O vencedor terá 90 dias para resgatar o prêmio. A solicitação do CPF também pode ser feita diretamente no consulado brasileiro.
A Mega da Virada vai pagar o maior prêmio da história da loteria: serão R$ 600 milhões. Como o sorteio é feito só uma vez por ano, ele não acumula. Se ninguém acertar as seis dezenas, o prêmio vai para os ganhadores das cinco dezenas, e assim por diante.
Se ganhar, Nestor promete atravessar a fronteira mais uma vez pra gastar parte desse prêmio aqui no Brasil.
“Eu gosto de praia, curtir o carnaval, muito bom. No Paraguai são meio complicadas as coisas, não é igual. Vida boa, para que eu vou esquentar mais a cabeça? Com nada, né?”, conclui o apostador paraguaio.
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