Ibovespa fecha 2024 com queda de 10,38%; Embraer sobe 150% e Azul cai 77%

O ano de 2024 foi marcado por uma retração significativa no desempenho do Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira. Após iniciar o ano na casa dos 135 mil pontos, o índice encerrou em torno de 120 mil pontos, acumulando uma queda de 10,38% — o pior desempenho desde 2021. A performance do mercado foi diretamente impactada pelas oscilações nas políticas monetárias do Brasil e dos Estados Unidos, além do aumento das incertezas fiscais no cenário doméstico.

Desempenho da Bolsa nos Últimos Anos

A trajetória do Ibovespa nos últimos cinco anos reflete a volatilidade do mercado frente a eventos globais e locais:

  • 2020 (pandemia): Alta de 2,92%, em meio à recuperação inicial após o choque global da Covid-19.
  • 2021: Queda de 11,93%, pressionado pela instabilidade política e econômica no Brasil.
  • 2022: Alta de 4,69%, com um ano de recuperação moderada.
  • 2023: Alta expressiva de 22,28%, impulsionada por expectativas otimistas e recuperação econômica.
  • 2024: Queda de 10,38%, refletindo um cenário de incertezas fiscais e políticas monetárias adversas.

Destaques no Ibovespa

A Embraer (EMBR3) foi a empresa listada na bolsa que liderou os ganhos, acumulando alta de 150,96%. Já a Azul (AZUL4) registrou a maior queda, com desvalorização de 77,89%, destacando-se pela pressão sobre as companhias aéreas devido aos custos operacionais elevados e incertezas no setor.

Ainda no campo positivo duas empresas do setor frigorífico lideraram as altas: Marfrig (MRFG3) subiu 104,87% e BRF (BRFS3) ganhou 87,97%.

Entre as maiores quedas, além de Azul, Magazine Luiza (MGLU3) e Cogna (COGN3) também tiveram desempenhos negativos, caindo 69,72% e 68,77%, respectivamente, refletindo dificuldades no setor varejista e educacional.

Desempenho das ações das empresas que compõem o índice Ibovespa no ano de 2024 (Reprodução: Profit/Nelogica)

Perspectivas e Desafios

O desempenho do Ibovespa em 2024 destacou a sensibilidade do mercado às políticas monetárias locais e externas. No Brasil, a inflação persistente e o cenário fiscal pressionaram as expectativas. Nos Estados Unidos, as decisões do Federal Reserve em relação às taxas de juros adicionaram volatilidade ao mercado global.

Com o início de 2025, investidores mantêm atenção ao desenrolar das reformas fiscais e às estratégias de política monetária do Banco Central. A expectativa é que um ambiente mais estável possa trazer alívio ao mercado e impulsionar o Ibovespa a retomar o crescimento.

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