Sancionada lei que torna cidade do AC capital nacional da farinha


Projeto de autoria do senador Alan Rick (União Brasil) foi sancionado pelo presidente Lula após ser aprovado pelo Congresso Nacional. Produto que é símbolo do município de Cruzeiro do Sul foi declarado patrimônio cultural do estado em 2019. Farinha é símbolo do município de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre
Gleison Miranda/Secom
Uma lei que torna a cidade de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, a capital nacional da farinha foi sancionada pelo presidente Lula e publicada no Diário Oficial da União (DOU) dessa segunda-feira (23).
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A lei n.º 15.051/2024, projeto de autoria do senador Alan Rick (União Brasil), foi sancionada após ser aprovada nas duas casas do Congresso Nacional, e reconhece a importância do município na produção nacional do ingrediente originado a partir da mandioca.
“A produção da farinha, além de gerar empregos e contribuir para a economia local, é uma tradição passada de geração em geração, que remonta aos costumes e conhecimentos tradicionais dos habitantes originários da região, indígenas, cujas técnicas artesanais garantem a preservação dos sabores e aromas típicos. O produto é conhecido por sua coloração amarela e sua textura fina e macia, o que o diferencia das demais farinhas do País”, destaca a justificativa do projeto.
Desde 2019, a farinha de Cruzeiro do Sul é patrimônio cultural do Acre
Marcos Vicentti/Secom
Conforme o governo do estado, em 2017, a farinha de Cruzeiro do Sul se tornou o primeiro produto brasileiro derivado de mandioca a obter o selo de Identificação Geográfica (IG). A qualidade do produto foi reconhecida por meio de marca registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), órgão federal ligado ao Ministério da Agricultura e Pecuária.
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Produção de farinha chega a 335 mil toneladas em uma área de cerca de 14 mil hectares
Marcos Vicentti/Secom
Ainda de acordo com a justificativa do projeto, produção de farinha no Vale do Juruá chega a 335 mil toneladas em uma área de cerca de 14 mil hectares, o que dá uma média de 23,8 toneladas por hectare.
Até 2019, a cadeia produtiva da mandioca correspondia a 50% da produção agrícola do estado.
Alimento é tão presente nas mesas acreanas que conta até com disk entrega
Reprodução/Secom
Como boa parte da história acreana, a produção da farinha remonta à chegada de imigrantes cearenses na região, e se destacou após o fim dos ciclos da borracha. A produção depende da colheita da mandioca do solo, transporte até a casa de farinha, geralmente feito em carros de boi, onde é colocada num equipamento chamado bolador, onde, em seguida, são retiradas as impurezas.
“A concessão do título de Capital Nacional da Farinha de Mandioca ao Município de Cruzeiro do Sul é uma forma de reconhecer a importância da farinha produzida na região e de valorizar o trabalho dos produtores locais. O título também detém o potencial de incentivar a comercialização da farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul em todo o País, contribuindo para a divulgação da culinária e das tradições cruzeirenses”, afirma o projeto.
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