Operação Mute: Ministério da Justiça apreende quase 700 celulares em celas prisionais

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Em nota, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN) informou que aparelhos são as principais ferramentas utilizadas pelo crime organizado. Operação Mute busca de celulares em prédios
Divulgação
O ministro da Justiça, Flávio Dino, informou ao blog que a operação realizada ao longo desta semana apreendeu quase 700 celulares em celas prisionais.
Desde segunda-feira (16), policiais penais vasculham celas de presídios pelo país. O objetivo era identificar e retirar os aparelhos como forma de combater a comunicação ilícita do crime organizado e reduzir os índices de violência em âmbito nacional.
Segundo informações conseguidas pelo blog, até o momento, 54 unidades prisionais foram verificadas em 20 estados e:
2.343 celas foram revistadas;
694 celulares foram apreendidos;
53.824 presos estavam nas unidades onde realizaram a operação
O blog apurou que num único dia, entre o primeiro balanço e o segundo (ambos de quinta e num intervalo de 9h), o número de celulares apreendidos saltou de 608 p 694 — ou seja, 86 celulares a mais em menos de 24h.
Em nota, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN) informou que aparelhos celulares, bem como outras soluções tecnológicas correlatas, são as principais ferramentas utilizadas pelo crime organizado para a perpetuação de delitos e o consequente avanço da violência nas ruas.
Operação pelo Brasil
Segundo a pasta, ainda faltam outros estados para completar a investigação, que teve de ser interrompida por questões climáticas, já que os presos precisam ficar no pátio durante as revistas.
Rio grande do Sul – termina a investigação hoje e os dados serão lançados;
Santa Catarina – não fez a investigação por conta das chuvas;
Mato Grosso – não lançou os números de todas as unidades;
Tocantins – Tocantins – não lançou os números de todas as unidades;
Goiás – Apenas nos próximos dias;
Distrito Federal – Apenas nos próximos dias;
A operação — chamada de Mute — se divide em dois momentos: primeiro cortar a comunicação com uso de tecnologia que embaralha o sinal e em seguida buscar os aparelhos com ações de revistas em pavilhões e celas.
O trabalho dos policiais nas celas conta com a cooperação de todos os estados. “É realizado em sinergia com outras forças sempre, pois, caso ocorra algum contra movimento, dentro ou fora das unidades, estamos todos alinhados”, informou a pasta.
Dino disse também que criará uma Força Penal Nacional para ajudar os estados na identificação e apreensão dos celulares. E também para capacitação quanto a protocolos e gestão de crises.
“Estamos fortalecendo as corregedorias dos Estados com veiculos, equipamentos e treinamento, para que seja possível coibir esse tipo de crime, quando praticado por servidores. As unidades prisionais, além da operação, estão recebendo equipamentos de RX, bodyscam e de CFTV (cada mês, estado irá receber mais de 350 câmeras ainda este ano). Os servidores estaduais estão recebendo treinamento e orientação”, informou o ministério.
Caso seja identificado a participação de servidores, “eles podem ser presos”, disse a pasta. Vale destacar que até o momento não ocorreu nenhuma prisão porque só foi na área de segurança das unidades.

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