Desinformação sobre a guerra provoca atos de ódio contra palestinos e judeus pelo mundo, diz pesquisador

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Na União Europeia, plataformas como X e Meta têm sido questionadas sobre a disseminação de notícias falsas sobre o conflito no Oriente Médio. A disseminação de notícias falsas sobre a guerra entre Israel e Hamas tem levado ao aumento de atos de ódio contra judeus e palestinos ao redor do mundo. A afirmação é de David Nemer, antropólogo da tecnologia e professor da Universidade da Virgínia (EUA).
No último domingo (15), uma criança palestina de 6 anos foi assassinada a facadas por um homem de 71 anos em Ilinois, nos Estados Unidos. Em entrevista a Natuza Nery, o pesquisador cita esse e outros casos como exemplos da desinformação como uma nova arma de guerra.
“O Hamas tem um canal oficial muito perigoso, que é onde estão o tempo todo promovendo propaganda antissemita. É um canal que me preocupa porque já dobrou o número de usuários”, alerta.
“As redes sociais tem levado o campo de guerra para um espaço onde as pessoas, mesmo longe, se colocam nessa disputa polarizada.”
Imagem de mostra 18 de outubro de 2023 mostra área do hospital Al-Ahli atingido por explosão em Gaza
REUTERS/Mohammed Al-Masri
Nemer explica ainda que os algoritmos das redes sociais são desenvolvidos para priorizar conteúdos sensacionalistas, que promovam uma comoção negativa nos usuários.
Na União Europeia, plataformas como o X (o antigo Twitter) e a Meta, dona de Instagram, Facebook e WhatsApp, estão sendo questionados devido aos casos de desinformação veiculados sobre a guerra.
“A desinformação geralmente vem carregada de sentimentos como o medo e a raiva porque as pessoas tendem a engajar com esse tipo de conteúdo. Ou seja, tendem a acreditar e a compartilhar mais facilmente”, diz Nemer.
Ouça a entrevista completa no podcast O Assunto

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