Mãe solo de gêmeas busca recomeço 2,8 mil km longe de casa e duas décadas depois celebra lar carregado de amor

Ana Kathia deixou Belém (PA) quando Elisa e Sara tinham seis meses de vida, e contou com apoio da mãe, Nazaré, na jornada. ‘Minha Mãe é Show’: concurso do Dia das Mães chega ao fim
Quem vê a alegria de mãe e filhas dançando o carimbó na sala de casa não imagina os percalços por qual Ana Kathia Cruz Guerra passou desde que descobriu a gravidez das gêmeas, 21 anos atrás. Sem que o homem com quem se relacionou assumisse a paternidade, buscou o recomeço como mãe solo 2,8 mil quilômetros longe de Belém (PA), e na companhia da mãe, fincou raízes em Campinas (SP).
E aqui a palavra recomeço vale tanto para Ana quanto para sua mãe, Nazaré.
“Minha mãe veio embora para cá comigo, ela separou do meu pai. Viemos de uma casa que havia violência doméstica. Ela optou naquele momento de vir embora comigo. Foi o basta que ela deu”, recorda.
Ana e as filhas Elisa e Sara dançam carimbó, dança típica do Pará, na sala de casa em Campinas (SP)
Reprodução/EPTV
Esse apoio de Nazaré foi fundamental para Ana na missão de criar as filhas, Elisa e Sara, então com seis meses de vida. O recomeço foi em um pequeno cômodo de fundos, onde nem dava para montar os berços.
“Eu não sabia o que iria acontecer dali pra frente, mas naquele momento eu disse para elas: ‘A mamãe está aqui. Eu escolhi estar aqui’”, recorda Ana.
Ana Kathia entre as filhas Sara e Elisa: mãe solo buscou recomeço 2,8 mil longe de casa, e fincou raízes em Campinas (SP)
Reprodução/EPTV
Passadas duas décadas, ela pode se orgulhar e dizer que conseguiu. Hoje tem um lar cercado de carinho e amor, e as filhas fazem questão de retribuir com muitos beijos, palavras, cartas…
“Acima de tudo, a palavra que descreve é companheirismo. A gente cresceu dentro de um ambiente muito carinhoso”, afirma Elisa.
“Se eu me tornar um terço do que ela é, vou me dar muito bem na vida. Posso dizeu que já valeu muito apena”, emenda Sara.
Orgulhosa e emocionada, Ana Kathia celebra a vitória obtida como mãe solo, e o lar afetivo que proporcionou às filhas. Sem se esquecer da mãe, Nazaré.
“Essa conexão que existe entre a gente vem de uma pessoa muito importante para essa relação materna, que foi o que eu aprendi com minha mãe. Eu me vi grávida, sozinha, porque ele não assumiu e a partir daquele momento eu me vi como mãe solo. Ser mãe solo não é fácil, e às vezes você não tem rede de apoio. Graças a Deus tive minha rede de apoio, que foi minha mãe, que esteve com a gente o tempo todo”, completa.
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