Seca severa faz com que 3 rios da Bacia Amazônica atinjam marcas históricas de baixa

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Com queda no nível dos rios Madeira, Amazonas e Solimões, 59 municípios do Amazonas decretaram situação de emergência. Seca severa faz com que 3 rios da Bacia Amazônica atinjam marcas históricas de baixa
A seca severa que atinge parte do Norte do país fez trechos de três rios da Bacia Amazônica atingirem marcas históricas de baixa.
O solo à margem do Rio Madeira, em Manicoré, está rachado. O Dnit interditou parte das ruas do município. Alguns moradores precisaram sair de casa.
“Por causa desse motivo que desabou aí diz que essa terra aí caiu. A gente ficou com medo, a gente ficou nervoso”, conta a dona de casa Sebastiana Menezes.
No estado do Amazonas, 59 municípios decretaram situação de emergência. O Rio Solimões, em Manacapuru, alcançou o menor nível da história. Em Itacoatiara, o Rio Amazonas também. Mais de 70 comunidades do município estão isoladas.
“Então o povo daqui está sofrendo com o problema da estiagem para carregar a produção. Estamos com falta de água, a água potável está faltando também na nossa comunidade”, diz Wanderli Freitas, líder da comunidade.
Os problemas na navegação afetam a indústria. Duas empresas da Zona Franca de Manaus anunciaram que vão entrar em férias coletivas.
“Algumas empresas já tomaram algumas iniciativas para poder equacionar as suas linhas de produção, mas não é só as empresas como um todo, determinadas linhas de produção”, afirma Antônio Silva, presidente da Federação das Indústrias do Amazonas.
O Rio Negro, que é o maior afluente à margem esquerda do Rio Amazonas, chegou nesta quinta-feira (19) a 13,29 m – uma nova marca de baixa – e parece cada vez mais estreito.
Em período de cheia dos rios, o Negro encosta praticamente na calçada e, claro, junto vem as a embarcações. Mas agora o cenário na frente da cidade de Manaus está muito seco. Então, as embarcações que levam e trazem passageiros e as que estão conseguindo chegar com mercadorias que abastecem a capital do Amazonas estão parando muito abaixo do ponto de costume, complicando um pouco mais a vida de quem depende desse serviço.
O carregador João William tem sofrido para levar as mercadorias até os barcos.
“A dificuldade é essa passagem que vem de lá para cá, é difícil devido as pedras, o barro, devido ao calor também”, diz o carregador João William.
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