Menino de 7 anos recebe alta após mais de 2 meses internado com febre maculosa em Rio Claro

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Henri dos Reis Tomazelli estava internado desde 31 de julho na Santa Casa. O avô dele morreu por conta da doença. Henri dos Reis Tomazelli, de 7 anos, teve alta após mais de dois meses internado com febre maculosa em Rio Claro
Santa Casa de Rio Claro
Após dois meses e 18 dias internado, Henri dos Reis Tomazelli, de 7 anos, teve alta na quarta-feira (18). O menino estava na Santa Casa de Rio Claro (SP) com febre maculosa desde julho.
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Henri sentiu os primeiros sintomas no dia 24 de julho. Uma semana depois, no dia 31, ele foi intubado. O garoto teve febre alta, pintas avermelhadas pelo corpo, dores nas pernas e alteração de batimentos cardíacos.
Nesse período, o avô do menino morreu por conta da doença.
Relembre o caso
Na época, em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo, a médica infectologista Suzi Berbert, diretora da Vigilância em Saúde, informou que uma criança de 7 anos estava internada com febre maculosa e não tinha previsão de alta.
Carrapato-estrela é o hospedeiro da bactéria que causa a febre maculosa
Ministério da Saúde/Reprodução
O local de possível contágio, tanto do menino quanto do avô, segundo a prefeitura, fica às margens do Rio Corumbataí, em área de preservação ambiental, próxima ao bairro Jardim Panorama, onde há a circulação de equinos e bovinos.
“Por se tratar de mata ciliar, lá possivelmente também circulam capivaras e outros animais. No local também foi constatada presença de ninfas de carrapato (micuins)”, informou a prefeitura.
A Vigilância Epidemiológica de Rio Claro orientou a população para evitar o contato com qualquer área de mata, especialmente às margens de córregos, rios e lagos, e locais com circulação de animais silvestres, capivaras e cavalos.
Um levantamento feito pelo g1 em junho, com base em mapa do governo do estado apontou que 29 municípios da região tinham as áreas de risco para febre maculosa, entre eles Rio Claro, que teve um caso em 2021.
Entenda a doença
A febre maculosa é transmitida pelo carrapato tipo estrela, que em 1% dos casos podem estar infectados, parasitando várias espécies de animais silvestres. Há no estado duas espécies da bactéria causadora da doença.
No interior do estado, a doença passou a ser detectada a partir da década de 1980, nas regiões de Campinas, Piracicaba, Assis, em áreas mais periféricas da região metropolitana de São Paulo e no litoral, mas em uma versão mais branda.
Os principais sintomas da doença são:
Febre;
Dor de cabeça intensa;
Náuseas e vômitos;
Diarreia e dor abdominal;
Dor muscular constante;
Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés;
Gangrena nos dedos e orelhas;
Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões, causando paragem respiratória.
Ciclo da febre maculosa envolve carrapatos e capivara
Amanda Paes/G1
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