Desempregado, Inelso fabricou pasta escolar do filho e criou fábrica de mochilas

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Criada em 1990, a “Dangelos” nasceu após uma série de situações inusitadas na vida da família Basso.

Inelso Luiz Basso e a esposa, Elizabete, empreendem com a Dangelo Mochilas há 33 anos. Foto: Juliam Nazaré.

JdeB – Em 1990 aos 32 anos, o beltronense Inelso Luiz Basso vivia um impasse com seu primeiro filho. Dangelo, de 9 anos, necessitava de uma pasta plastificada mas, sem poder comprá-la, o pai resolveu pôr à prova seus conhecimentos de costureiro – adquiridos num dos antigos empregos.

Munido de retalhos de tecidos de bancos de veículos que havia em casa, confeccionou o objeto. “Fui instrutor de máquina de costura e mecânico. Tinha facilidade em lidar com máquinas. Já trabalhou com reforma de estofados com meu amigo Gilson, então tive facilidade pra fazer a pasta. Peguei o modelo, cortei e fiz”, lembra.

O amigo Gilson, dono de estofaria, viu o material pronto, achou bonito e indicou-o a um vendedor de artigos escolares. “Um certo seu Domingos, do Bairro Vila Nova, vendia condimentos na região Sudoeste, precisava de pastas escolares e soube de mim. Ele encomendou um mostruário. Passaram-se uns 30, 40 dias e então voltou junto com o seu Chepaki, também vendedor e falou assim: ‘viu, entrega o que tiver pronto pro Chepaki’”, conta Inelso.

No retorno da viagem das cidades como Bela Vista da Aparecida e Três Barras do Paraná e etc – Chepaki entrega uma grande quantidade de encomendas. “Aí eu falei: e agora, faço como? Nós tínhamos duas máquinas de costura, somente a agulha da máquina e uma tesourinha. Não havia matéria prima e não tinha gente pra trazer, porque o pedido era grande pra nós e não tínhamos indústria.”

Iniciou-se aí a história da Dângelo Mochilas, num ato do que hoje se chama empreendedorismo, na época um simples modo de “se virar e ganhar dinheiro”, como Inelso define.

Até 2019, a produção era feita num anexo à residência dele e de dona Elizabete, esposa e companheira na empresa, na rua Ponta Grossa, nos arredores do Estádio Anilado. Desde 2022, a empresa atende no Bairro Aeroporto, num espaço que conta com fábrica e loja. Na gama de produtos, mochilas e outros artigos escolares, além de bolsas de viagem. A produção é por encomenda, que pode ser, inclusive, personalizada.

Atualmente, dez pessoas trabalham nela, que concentra vendas em Francisco Beltrão e municípios próximos, além de contar com dois representantes que fazem a comercialização em todo o Estado.

Nos 33 anos de trajetória, Inelso e Elizabete creditam o sucesso da Dângelo Mochilas à confiabilidade gerada. “O cliente encomenda o produto e tem certeza que vai ficar bom e que será entregue na data certa. É isso que nos mantêm no mercado”, avalia ele.

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