Morre Ibrahim Eris, economista e ex-presidente do Banco Central, aos 80 anos


No início da década de 90, Eris foi um dos responsáveis pelo anúncio do Plano Collor, que acabou fracassando. Seu corpo deve ser velado na Zona Sul de SP, neste sábado (9). Ibrahim Éris em entrevista coletiva realizada em Brasília, em dezembro de 1990
LEONARDO CASTRO/ESTADÃO CONTEÚDO
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O economista Ibrahim Eris morreu nesta sexta-feira (8), um dia após completar seus 80 anos de idade. A informação foi confirmada pelo Banco Central, instituição que ele presidiu no início da década de 1990.
Nascido na Turquia, Eris imigrou para o Brasil em 1973. Já doutor em Economia, ele se tornou professor na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP). Depois, atuou como vice-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Contudo, foi como membro da equipe econômica do ex-presidente Fernando Collor de Mello e presidente do Banco Central que Eris ganhou notoriedade. Na época, ele foi um dos responsáveis pelo anúncio do polêmico Plano Collor, que acabou fracassando e colocando um fim à sua liderança de 1 ano e dois meses no BC.
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No setor privado, Ibrahim Eris atuou como diretor financeiro e conselheiro do Jockey Club de São Paulo, de onde era associado.
O velório do economista será realizado no Cemitério Morumby, na Zona Sul da capital paulista, na manhã deste sábado (9). O enterro está marcado para 13h30.
Por nota, o Banco Central lamentou sua morte.
“Eris não mediu esforços no trabalho de assegurar para a sociedade brasileira uma economia estável e com inflação controlada. Por onde passou, Eris deixou sua marca de alto profissionalismo e empenho no que fazia. A Diretoria do Banco Central presta suas condolências aos familiares, amigos e colegas de trabalho de Eris neste momento de dor”, disse a instituição.
Morre de Ibrahim Eris, ex-presidente do Banco Central
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