Mãe descobre que filha sofre racismo em escola após ver mensagem no celular da menina: ‘É macaco igualzinho você’

Caso aconteceu em colégio público na Zona Sul de São Paulo. Um boletim de concorrência por injúria racial e intimidação sistemática foi registrado pela família no 44º Distrito Policial de Guaianases. Mãe descobre racismo em escola após ver mensagem chamando filha de ‘macaca’ no celular da menina
O Estúdio i desta sexta-feira (8) exibiu uma denúncia de racismo ocorrida na EMEF Cassiano Ricardo, escola pública da Zona Sul de São Paulo. A mãe de uma aluna descobriu que a filha vinha sendo hostilizada por colegas ao encontrar mensagens racistas no celular da criança. O caso aconteceu no início de novembro, segundo apuração da TV Globo (veja no vídeo acima).
Ao verificar o celular, a mãe encontrou uma imagem de uma máscara de macaco acompanhada de um áudio com a mensagem: “É macaco igualzinho você”. Em seguida, a filha desabafou e revelou que sofria hostilidades de colegas, de cerca de 11 anos, há mais de um ano.
A mãe ainda relatou que, ao formalizar uma reclamação na escola, ouviu como resposta que a filha não tinha interesse em estudar ou participar das atividades.
“Ela disse que, na escola, as meninas a chamam de ‘macaca fedida’. Eu perguntei se os professores escutavam, e ela falou que os professores viam, mas não falavam nada. O professor falou que a minha filha era uma filha rebelde. Eu perguntei para ele: ‘Rebelde, como? Ela responde?’, e ele falou ‘futuramente a sua filha vai ser uma menina sem estudo. Sua filha é uma menina sem estudo’. Doeu muito, sabe? Eu me senti muito ofendida'”, disse a mãe.
O boletim de concorrência por injúria racial e intimidação sistemática foi registrado no 44º Distrito Policial de Guaianases. A família agora aguarda justiça.
A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo divulgou uma nota nesta sexta (8) dizendo que repudia qualquer tipo de descriminação e preconceito, que a escola está prestando apoio aos familiares e que existe uma comissão para este tipo de conflito que deve convocar os familiares das crianças envolvidas no caso.
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