‘Maníaco sexual’ que obrigou mulheres a se prostituírem após oferecer vida de luxo a elas abusou sexualmente de vítima 30 vezes, diz polícia


Suspeito aliciava vítimas por meio de um esquema conhecido como sugar daddy, aponta investigação. Plínio Veloso filmava as relações e ameaçava as vítimas dizendo que divulgaria as imagens, segundo a PC. Plínio Veloso Naves de Barros, de 37 anos, suspeito de estuprar mulheres depois de aliciar as vítimas em um esquema conhecido como ‘sugar daddy’, em Goiânia
Divulgação/Polícia Civil
Plínio Veloso Naves de Barros, de 37 anos, classificado pela Polícia Civil como “maníaco sexual” e que obrigou mulheres a se prostituírem após oferecer uma vida de luxo a elas, abusou sexualmente de uma das vítimas por 30 vezes, em Goiânia, de acordo com a investigação. O suspeito aliciava as vítimas por meio de um esquema conhecido como sugar daddy, informou o delegado Humberto Teófilo, responsável pelo caso.
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A prisão aconteceu na última quarta-feira (6), quando o suspeito estava em um restaurante japonês da capital. Ao g1, a defesa de Plínio informou que ainda não teve acesso aos autos para que consiga se manifestar.
Segundo a Polícia Civil, Plínio já tinha antecedentes por crime de estupro. O delegado Humberto Teófilo explicou que a ação só foi possível após uma mulher procurar a delegacia e denunciar o maníaco, dizendo que era orçada por ele a praticar sexo oral.
“Ela nos narrou que ele falava assim: ‘Se você não tiver relação comigo, eu vou publicar isso, vou mostrar pra sua família, vou mostrar pras pessoas onde o seu filho estuda, onde você trabalha’”, detalhou o delegado.
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Repetido por mais de 30 vezes, o crime ocorreu do mês de julho até novembro deste ano. Plínio, além de forçar as relações sexuais, também filmava os momentos íntimos e depois, ameaçava as vítimas dizendo que divulgaria as imagens para a família delas.
A partir da prisão de Plínio, mais vítimas já procuraram o delegado e denunciaram ter vivido situações semelhantes. Por conta disso, a polícia decidiu divulgar o nome e a foto dele nos termos da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria nº 547/2021 – PC. A expectativa é que isso ajude no aparecimento de novas vítimas.
Como o maníaco agia
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A polícia classificou Plínio como um ‘maníaco sexual’ pela forma como sempre agia com as vítimas. As investigações descobriram que ele tinha contas falsas nas redes sociais, em que aliciava mulheres, oferecendo-lhes dinheiro, presentes e emprego.
Inicialmente, parecia algo inofensivo para as vítimas, mas a polícia descreve que, com o tempo, sinais de violência começaram a aparecer. As mulheres conquistadas eram levadas para um apartamento de alto padrão no Setor Bueno, onde Plínio morava. Lá, eram forçadas a manter relações sexuais com o ele por conta dos benefícios que tinham ganhado.
“A partir do momento que ele conquistava essas mulheres, ele começava a perseguir, começava a ameaçar direta e indiretamente, tendo em vista que ele tinha vídeos e fotos íntimas dessas mulheres”, destacou o delegado.
Apreensões
Durante a abordagem que prendeu Plínio, a polícia foi até o apartamento dele e apreendeu documentos, celular e computadores. Em uma análise preliminar, o delegado informou que diversos vídeos íntimos foram encontrados.
Plínio está sendo investigado pelos crimes de estupro, favorecimento da prostituição, falsa identidade e divulgação de cena de sexo. Se somadas, as penas podem chegar a 26 anos de prisão.
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