Réus pelo caso Sophia, mãe e padrasto são condenados por maus-tratos pela morte de cachorro


Além da condenação, Stephanie de Jesus e Christian Campoçano respondem pelos crimes de homicídio empregado de maneira cruel e motivo fútil pela morte de Sophia de Jesus O’Campo. Stephanie de Jesus e Christian Campoçano foram condenados por maus-tratos
Redes sociais
Stephanie de Jesus Da Silva e Christian Campoçano Leitheim, que estão presos acusados de matarem a criança Sophia de Jesus O’Campo, foram condenados pelo crime de maus-tratos pela morte de um cachorro da família em 2022. O casal foi condenado a dois anos de prisão pela morte do animal.
De acordo com a denúncia, em maio de 2022, o cachorro “Maylon” estava defecando sangue, e o casal não buscou socorro médico veterinário, além de o deixaram sem alimento, e amarrado com fio curto na área de serviço da casa, que estava repleta de fezes. Dias depois o animal morreu e o caso foi denunciado.
Na sentença, publicada no dia 1º de novembro, o juíz Márcio Alexandre Wust, reforçou que ao analisar as provas periciais ficou comprovada a autoria do crime de maus-tratos.
“Há nos autos elementos suficientes a incriminá-lo, ou seja, circunstâncias conhecidas e provadas que têm relação com o fato e que autorizam concluir ser os acusados autores de fato típico e culpável, isto é, de crime de maus-tratos”.
O magistrado julgou procedente a ação e condenou os réus a dois anos de reclusão no regime inicial aberto, período em que eles ficarão proibidos de ter a guarda de animais, além de pagamento de 10 dias-multa.
Além da condenação, Stephanie de Jesus e Christian Campoçano estão presos e respondem pelos crimes de homicídio empregado de maneira cruel e motivo fútil pela morte de Sophia de Jesus O’Campo, ocorrida em janeiro de 2023.
Stephanie e Christian enfrentarão júri popular pela morte da criança nos dias 4 e 5 de dezembro deste ano, em Campo Grande.
Caso Sophia
Sophia morreu com dois anos em Campo Grande
Arquivo pessoal/ Reprodução
Sophia Jesus Ocampos, de 2 anos, morreu no dia 26 de janeiro de 2023. Ela foi levada já sem vida pela mãe à UPA do Bairro Coronel Antonino. Segundo o médico legista, o óbito havia ocorrido cerca de sete horas antes.
Em depoimento, a mãe confirmou que sabia que a menina estava morta quando procurou a unidade de saúde. O laudo de necropsia do corpo da menina, emitido pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), apontou que a causa da morte foi por traumatismo na coluna cervical e confirmou que Sophia foi estuprada.
Menina apresentava diversos ferimentos pelo corpo
Arquivo pessoal/ Reprodução
A declaração de óbito aponta que a causa da morte foi por um trauma na coluna cervical, que evoluiu para o acúmulo de sangue entre o pulmão e a parede torácica. O documento ainda diz que a menina sofreu “violência sexual não recente”.
As idas de Sophia à unidade de saúde eram frequentes. O prontuário médico da menina consta que ela passou por 30 atendimentos médicos em unidades de saúde da capital, uma delas por fraturar a tíbia.
Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:
Adicionar aos favoritos o Link permanente.