Mulher é condenada a mais de 18 anos de prisão por matar companheiro em Araraquara


Segundo decisão, Valdinete Lima Ribeiro deverá cumprir a pena em regime fechado. Crime aconteceu em outubro de 2022. Mulher é condenada a mais de 18 anos de prisão por matar homem em Araraquara
Amanda Rocha/ acidade on
O Tribunal do Júri condenou na noite de terça-feira (5) Valdinete Lima Ribeiro a 18 anos e oito meses de prisão pela morte de Júlio César Severino Ribeiro. O crime aconteceu em Araraquara (SP) em outubro de 2022.
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O corpo da vítima de 48 anos foi encontrado em uma mata no Jardim Maria Luiza. Segundo a Polícia Civil, ele foi morto com golpes de facão e enterrado enrolado em um tapete em uma cova rasa.
Em fevereiro de 2023, a polícia prendeu Antônio Luiz Teixeira suspeito de participação no crime. Ele também foi julgado na terça-feira e condenado a um ano de reclusão pelo crime de ocultação de cadáver.
Como ele já estava preso preventivamente, o juiz Giovani Augusto Serra Azul Guimarães declarou “extinta sua pena pelo cumprimento, revogando, em consequência, sua prisão preventiva e determinando a expedição de alvará de soltura clausulado em seu favor”.
Julgamento
Valdinete e Antônio foram denunciados pelo Ministério Público de São Paulo. O julgamento começou às 10h e terminou por volta das 22h45.
Os jurados condenaram a ré pelo crime de homicídio duplamente qualificado (por meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima), absolvendo-a da acusação de ocultação de cadáver.
O advogado Mario Sergio Ota, que defende Valdinete, disse ao g1 que vai analisar o processo e apresentar recurso. Ela está presa em Maceió (AL) e deverá cumprir a pena em regime fechado.
Já Antônio foi condenado apenas pelo crime de ocultação de cadáver. A defesa dele não foi localizada para comentar a decisão.
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O crime
Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Araraquara
Amanda Rocha/g1
A vítima, que tinha 48 anos, estava considerada desaparecida desde outubro de 2022. Familiares chegaram a registrar um boletim de ocorrência.
Segundo a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Júlio era companheiro de Valdinete e funcionário de Antônio.
As investigações apontaram que Valdinete e Antônio teriam um relacionamento amoroso.
De acordo com o inquérito policial, o amante teria esfaqueado a vítima para defender a mulher de supostas agressões praticadas pelo marido.
Quando foi preso, porém, ele alegou que apenas ocultou o corpo para ajudar Valdinete, que teria cometido o assassinato.
Após o crime, a mulher fugiu para Delmiro Gouveia, no sertão de Alagoas, onde morava na casa de parentes.
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