Jovem que sobreviveu a ataque com 15 facadas do ex tem melhora e volta a andar no AC: ‘não demora a voltar para casa’, diz mãe


Adriely Araújo Silva, de 18 anos, teve um pulmão perfurado por um dos golpes, mas não precisou passar por cirúrgia. Mãe da jovem divulgou um vídeo no qual caminha junto com a filha no corredor do Hospital Regional Juruá, em Cruzeiro do Sul. Caso ocorreu em Tarauacá no último dia 29 de outubro. Adriely Araújo Silva, de 18 anos, levou 15 facadas do ex-namorado
Reprodução
A jovem Adriely Araújo Silva, de 18 anos, que sobreviveu a um ataque com 15 facadas do ex-namorado em Tarauacá, no interior do Acre, teve melhora no quadro de saúde e voltou a andar. Um vídeo divulgado pela mãe dela mostra o momento no qual elas caminham no corredor do Hospital Regional do Juruá, onde ela está internada desde o dia 29 de outubro. (Veja mais abaixo)
“A Adriely está bem melhor, graças a Deus. Já está andando. Eu creio que não demora a voltar para casa”, disse a mãe de Adriely ao g1.
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Um dos golpes perfurou o pulmão da jovem, que precisou utilizar um dreno para retirar o sangue. O procedimento foi bem sucedido, e ela não precisou passar por cirurgia, segundo a mãe. O principal suspeito do crime é o ex-namorado da jovem, identificado como Vandernilson Rosas da Silva, 25 anos. Ele se entregou à polícia no dia 31 de outubro.
Segundo o delegado Ronério Silva, que preside as investigações, o inquérito será concluído em breve e enviado ao judiciário.
Jovem que levou 15 facadas do ex se recupera e caminha em hospital
‘Minha filha não merecia isso’
A mãe de Adriely, que pediu para não ser identificada, disse que não estava no local quando a filha foi atacada, mas que testemunhas relataram a ela que o suspeito, ex-namorado da vítima, agiu motivado por ciúmes.
De acordo com a mãe, eles não estavam mais juntos, mas dividem os cuidados com o filho deles, de 4 anos. No dia do crime, Silva pediu à irmã dele para que ligasse para Adriely e pedisse que ela levasse a criança à casa dele.
Suspeito se apresentou à delegacia de Tarauacá, no interior do Acre
Polícia Civil
Ela atendeu o pedido e foi levar a criança. Nesse momento, o suspeito começou a questioná-la.
“Quando ela chegou lá, ele começou a falar várias perguntas pra ela. Que tinham dito pra ele que ela estava ficando com outro, e pedindo pra ela voltar pra ele. Ela dizia que não queria mais ele, porque já estava com tantos meses separados e não dava mais certo. Aí ele começou a dizer que ela estava ficando com outro, que tinham dito pra ele. E aí ela disse que não, que não ficava com ninguém, não saia nem de casa. E aí ele disse: ‘eu vou te matar, sua desgraçada, porque se tu não for minha não é mais de ninguém’. […] Então, o que ele fez foi muito errado com a minha filha, a minha filha não merecia isso”, relatou.
Adriely foi vítima de tentativa de feminicídio no interior do Acre
Arquivo pessoal
Imagens feitas por câmeras de segurança e testemunhas mostram quando ele, ainda segurando a arma do crime, tenta fugir a nado pelo Rio Tarauacá. (Veja vídeo mais abaixo)
Ainda na terça, uma outra parente da vítima que não quis se identificar, também contou à Rede Amazônica que Adriely recebeu a ligação do suspeito que pediu que ela levasse o filho que os dois tem juntos até ele e que o ataque aconteceu neste momento.
“O menino correu e ela correu para dentro do comércio que tem perto da casa dele. Ela correu e entrou no banheiro, só que não deu tempo para conseguir fechar a porta. Aí ele começou a furar ela. O senhorzinho [dono do comércio] ficou do lado pedindo pra ele parar”, disse a parente.
Vítima lutou com suspeito
Vídeo mostra suspeito de tentativa de feminicídio, no interior do AC, fugindo nadando
A filha do comerciante, que também não quis se identificar, disse que o pai ficou sem reação ao ver o homem esfaqueando a vítima no local. Ainda de acordo com o relato do homem, a jovem lutou muito para sobreviver ao ataque.
“Ela lutou com ele. O pai disse que se ela tivesse sido ‘mais mole’, ele teria matado ela. Ela lutou com ele mesmo, ela se defendia do jeito que podia das facadas. Meu pai disse que nunca tinha visto uma coisa daquela. Foi muito triste, ela pedindo socorro, e meu pai só podia pedir pra ele não matar ela. Era a única coisa que ele podia fazer, porque ele não ia se agarrar com ele”, explica ela.
CANAIS DE AJUDA PARA CASOS DE VIOLÊNCIA
A PM do Acre disponibiliza os seguintes números para que a mulher peça ajuda:
(68) 99609-3901
(68) 99611-3224
(68) 99610-4372
(68) 99614-2935
Veja outras formas de denunciar:
Polícia Militar – 190: quando a criança está correndo risco imediato;
Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes;
Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres;
Qualquer delegacia de polícia;
Secretaria de Estado da Mulher (Semulher): recebe denúncias de violações de direitos da mulher no Acre. Telefone: (68) 99930-0420. Endereço: Travessa João XXIII, 1137, Village Wilde Maciel.
Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;
Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia;
WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008;
Ministério Público;
Videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras) (https://atendelibras.mdh.gov.br/acesso)
VÍDEOS: g1
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