Alerta para as mulheres: novas diretrizes revelam cuidados para prevenir o AVC

Os acidentes vasculares cerebrais ocorrem quando o fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro é interrompido, levando a possíveis danos cerebrais. Os AVCs são uma condição médica grave que podem apresentar diferentes manifestações entre homens e mulheres.

Esta variação se deve principalmente às diferenças hormonais e fatores específicos do gênero feminino. A American Heart Association enfatiza a importância de compreender como esses fatores aumentam o risco de AVC em mulheres, dedicando um segmento exclusivo a isso em suas diretrizes de prevenção mais recentes.

Quais são os tipos de AVCs?

Existem dois tipos principais de AVC:

  • AVC Isquêmico: é o tipo mais comum e ocorre quando um coágulo sanguíneo bloqueia uma artéria no cérebro, impedindo que o sangue e o oxigênio cheguem às células cerebrais. Esse bloqueio pode ser causado por placas de gordura nas artérias (aterosclerose), coágulos que se formam em outras partes do corpo e viajam até o cérebro, ou por outras condições médicas.
  • AVC Hemorrágico: ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe, causando um sangramento que pressiona as células cerebrais. As causas mais comuns incluem hipertensão arterial, aneurismas cerebrais e malformações arteriovenosas.
Alerta para as mulheres: novas diretrizes revelam cuidados para prevenir o AVC | Reprodução: Freepik

Quais são os fatores de risco específicos para mulheres?

A American Heart Association identifica diversos fatores únicos que podem aumentar o risco de AVC nas mulheres. Um deles é a hipertensão durante a gestação, que pode elevar o risco em até 30%. As mulheres grávidas devem monitorar cuidadosamente sua pressão arterial e considerar medicação se necessário, para evitar complicações mais graves.

Outro fator é a endometriose, que tem sido associada a um aumento de 16% no risco de AVC. É essencial que as mulheres com este diagnóstico sejam acompanhadas de perto por um cardiologista. Em particular, aquelas utilizando anticoncepcionais hormonais devem estar cientes do risco levemente aumentado de derrame comparado a outros métodos contraceptivos.

Como a menopausa afeta o risco de AVC?

Mulheres que passam pela menopausa precocemente, antes dos 45 anos, enfrentam um risco aumentado de AVC em torno de 10%. Esse risco sobe para 32% em mulheres que entram na menopausa antes dos 40 anos. Para aquelas que tomaram suplementos de estrogênio por um longo período após a menopausa, há uma necessidade de avaliar os riscos e benefícios desse tratamento frente ao potencial de aumento de AVC.

Após a menopausa, as mudanças hormonais no corpo feminino podem agravar as condições de saúde já existentes, tornando a vigilância médica ainda mais crucial. As mulheres deveriam consultar seus médicos regularmente para discutir estratégias de saúde que reduzam o risco de AVC.

Outro aspecto relevante destacado é a situação das mulheres trans que fazem uso de terapia hormonal com estrogênio. Elas enfrentam um risco significativamente maior de AVC em comparação com a população cisgênero. É vital que essas terapias sejam monitoradas por profissionais de saúde, que podem implementar medidas para mitigar esses riscos.

Quais são os cuidados essenciais que as mulheres devem ter?

  • Controle da Pressão Arterial: a hipertensão é um dos principais fatores de risco para o AVC, tanto em homens quanto em mulheres. O controle da pressão arterial é fundamental.
  • Gestação Saudável: mulheres grávidas devem ter acompanhamento médico regular para monitorar a pressão arterial e prevenir complicações como a pré-eclâmpsia.
  • Estilo de Vida Saudável:
    • Alimentação equilibrada: priorizar frutas, legumes, grãos integrais e alimentos ricos em fibras.
    • Atividade física regular: praticar exercícios físicos regularmente ajuda a controlar a pressão arterial, o colesterol e o peso.
    • Não fumar: o tabagismo aumenta significativamente o risco de AVC.
    • Controlar o peso: manter um peso saudável é importante para prevenir doenças cardiovasculares.
    • Gerenciar o estresse: técnicas de relaxamento podem ajudar a reduzir o estresse e a pressão arterial.
  • Check-ups regulares: visitas regulares ao médico para monitorar a saúde cardiovascular e identificar precocemente quaisquer problemas.
  • Conscientização sobre os sintomas: saber identificar os sintomas do AVC é crucial para buscar ajuda médica rápida.

Em conclusão, a conscientização sobre os fatores de risco específicos e as precauções necessárias podem ajudar a prevenir AVCs em mulheres. Com o acesso adequado à informação e aos cuidados médicos, é possível reduzir substancialmente as chances de ocorrência de AVCs, melhorando a saúde e a qualidade de vida das mulheres em todo o mundo.

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