Arcabouço falha em estabilizar dívida, alerta ex-diretor do BC

Em um momento crucial para a economia brasileira, a eficácia do arcabouço fiscal é posta em xeque. Fábio Kanczuk, economista e ex-diretor do Banco Central, discute os desafios e limitações da atual política fiscal do Brasil no Mercado & Beyond. “Quando analisamos as promessas do Arc Bolso, notamos que ele aritmeticamente não consegue entregar o necessário para estabilizar nossa dívida pública”, critica Kanczuk. Ele aponta a falta de um superávit acima de 2%, essencial para a estabilidade fiscal.

A mudança para uma meta contínua de inflação, segundo Kanczuk, oferece um caminho mais sistemático para o controle inflacionário. “Anteriormente, o foco em metas anuais distorcia as ações do Banco Central, levando a decisões que apenas empurravam o problema para frente”, explica.

A Credibilidade do Banco Central Sob Exame

O especialista ressalta que a credibilidade do Banco Central está em jogo, afetada pela dificuldade em manter a inflação dentro dos limites estabelecidos. “As expectativas de longo prazo estão claramente acima das metas, o que reflete uma perda de confiança nas capacidades da instituição”, destaca Kanczuk.

Kanczuk expressa preocupações sobre a influência política excessiva nas decisões econômicas. “A política frequentemente interfere nas operações do Banco Central, o que pode comprometer sua autonomia e efetividade”, afirma ele, referindo-se aos riscos de intervenções governamentais nas políticas monetárias.

A análise de Fábio Kanczuk lança luz sobre os desafios iminentes da política fiscal brasileira. As falhas do “Arc Bolso” em estabilizar a dívida pública e as dúvidas sobre a eficácia da meta contínua de inflação sugerem que revisões profundas são necessárias para garantir a estabilidade econômica futura do país.

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