Mamografia: Médicos desmentem fake news e reafirmam a segurança do exame

A mamografia é amplamente reconhecida como uma ferramenta essencial no diagnóstico precoce do câncer de mama. Em meio a debates e questionamentos sobre sua eficácia, o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) reafirma o papel crucial desse exame na prevenção e tratamento da doença. Este texto explora as informações disponibilizadas pelo CBR em resposta a controvérsias recentes.

Relatos em redes sociais têm sugerido que a mamografia poderia estar associada ao surgimento de outros tipos de câncer. Entretanto, o CBR desmente essas afirmações, indicando que o exame é seguro e eficaz se realizado sob protocolos internacionais e com supervisão médica especializada. A entidade ressalta a importância de se basear em informações provenientes de fontes confiáveis.

Como funciona a mamografia?

A mamografia é capaz de identificar alterações nas mamas antes que sejam palpáveis. Este exame é especialmente eficiente para detectar o câncer de mama em estágios iniciais, aumentando significativamente as chances de tratamento bem-sucedido e de cura. Em suas diretrizes, o CBR destaca que a probabilidade de cura pode atingir 98% quando o câncer é diagnosticado precocemente.

Mesmo com sua eficácia, existem limitações. Por exemplo, em mulheres com mamas densas, a mamografia pode não detectar nódulos pequenos, exigindo exames complementares como ultrassonografia ou ressonância magnética para garantir um diagnóstico preciso. No entanto, essas situações são tratadas de acordo com as necessidades individuais de cada paciente.

Mamografia: Médicos desmentem fake news e reafirmam a segurança do exame | Créditos: depositphotos.com / OtnaYdur

Qual é a importância do rastreamento regular?

Estudos populacionais ressaltam que o rastreamento com mamografia pode reduzir a mortalidade pelo câncer de mama em até 30%. Realizar o exame anualmente, especialmente em mulheres acima dos 40 anos, é uma prática recomendada para maximizar a detecção precoce da doença e otimizar as opções de tratamento.

Além disso, o agendamento regular de mamografias pode também evitar procedimentos terapêuticos mais invasivos e complexos que são frequentemente necessários em estágios avançados de câncer. Assim, o rastreamento regular não é apenas uma medida preventiva, mas também um fator determinante na qualidade de vida das mulheres.

Desafios e soluções no acesso à mamografia

Um dos grandes desafios enfrentados atualmente é o tempo de espera para a realização de mamografias pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Dados recentes divulgados pelo CBR indicam uma fila de espera significativa, com tempo de espera ultrapassando 80 dias, afetando mais de 77 mil brasileiras. A demora no acesso pode comprometer a eficácia do tratamento ao retardar o diagnóstico precoce.

Soluções para reduzir essas filas são fundamentais. Investimentos em infraestrutura e o aumento no número de profissionais capacitados são algumas das propostas para melhorar o acesso ao exame e, por conseguinte, à saúde feminina de forma geral.

Combate à desinformação e fake news

A proliferação de informações enganosas sobre a mamografia nas redes sociais representa um risco à saúde pública. O CBR enfatiza a necessidade de se combater a desinformação, promovendo o conhecimento baseado em evidências científicas robustas. Para tanto, a educação da população para buscar informações confiáveis é crucial.

O compromisso do CBR com a saúde da população feminina se reflete em esforços contínuos para esclarecer dúvidas e mitos sobre a mamografia. Informar corretamente é um passo vital para garantir que as mulheres façam escolhas informadas e seguras sobre sua saúde.

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