Júri do caso Marielle: veja como MP usou a perícia para tentar provar que Fernanda e Anderson também eram alvos de Lessa e Queiroz


Promotor exibiu imagens da perícia e argumentos para tentar convencer os jurados de que os ex-PMs não matar apenas Marielle. MP quer a pena máxima, de 84 anos de prisão para os dois. Veja como MP mostrou, com provas periciais, que Fernanda e Anderson também eram alvos de Lessa e Queiroz
Durante o júri dos acusados de executar Marielle Franco, o promotor Eduardo Martins exibiu imagens da perícia policial e argumentos para tentar convencer os jurados de que os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Queiroz não queriam deixar nenhum dos três ocupantes do carro da vereadora vivo (assista no vídeo acima).
De acordo com Martins, o ângulo e a intensidade dos tiros, a habilidade dos assassinos e crimes anteriores – onde testemunhas teriam sido mortas sem serem alvo – demonstram que os executores não queriam que o motorista Anderson Gomes e Fernanda Chaves, assessora da vereadora, ficassem vivos para testemunhar a execução encomendada, de Marielle.
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Veja abaixo um resumo do que ele disse:
Supostas provas de intenção de matar todos: Eduardo destacou nas imagens que os disparos no veículo foram realizados para atingir todos os ocupantes, incluindo Fernanda e Anderson, e não apenas Marielle.
Análise da trajetória dos tiros: o promotor afirmou que os disparos foram feitos em direção a todos os passageiros, evidenciando a intenção de não deixar sobreviventes.
Testemunho e análise dos disparos: Eduardo descreveu como Ronnie Lessa, um exímio atirador, ajustou sua mira, primeiro concentrando-se em Marielle, depois girando a arma em direção a Anderson e Fernanda.
Equipamento e arma usados: foi relatado que Lessa utilizou uma metralhadora MP5, e os disparos foram feitos de forma precisa e calculada, reforçando o conhecimento técnico dos envolvidos.
Assinatura e motivação do crime: Eduardo concluiu que os tiros na lateral e traseira do carro indicam a “assinatura” da dupla, confirmando a intenção deliberada de eliminar todos os ocupantes e não deixar testemunhas.
Após a sustentação da acusação, a defesa dos réus também tará duas horas e meia para expor seus argumentos. Em seguida, a juíza enumera os quesitos e os sete jurados do Conselho de Sentença vão para a sala secreta, onde decidem se os réus são culpados ou inocentes pelos crimes a que respondem:
duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima)
tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, assessora de Marielle.
receptação do Cobalt prata, clonado, que foi usado no crime.
O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/FTMA), do MP, tenta a condenação máxima pelos crimes: 84 anos de prisão.
As defesas alegam que Anderson e Fernanda não eram alvos.
Imagens da perícia no carro onde estavam Marielle, Anderson e Fernanda
Reprodução
Imagens da perícia no carro onde estavam Marielle, Anderson e Fernanda
Reprodução
Imagens da perícia no carro onde estavam Marielle, Anderson e Fernanda
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