Jovem de 18 anos é vítima de tentativa de feminicídio no AC; suspeito é ex-namorado e fuga foi registrada em vídeo


Informações preliminares da Polícia Civil de Tarauacá apontam que Adriely Araújo Silva, 18 anos, foi esfaqueada 15 vezes, na manhã desta terça-feira (29). Jovem teria sido atraída por suspeito com o pedido de levar o filho dos dois até ele. Adriely foi vítima de tentativa de feminicídio no interior do Acre
Arquivo pessoal
Adriely Araújo Silva, 18 anos, foi esfaqueada 15 vezes, por volta das 10h da manhã desta terça-feira (29), dentro de um comércio, na Rua Manoel Lourenço, bairro Senador Pompeu, no município de Tarauacá, interior do Acre.
De acordo com a Polícia Civil do município, o principal suspeito do crime é o ex-namorado da jovem, identificado como Vandernilson Rosas da Silva, 25 anos. Imagens feitas por câmeras de segurança e testemunhas mostram quando ele, ainda segurando a arma do crime, tenta fugir a nado pelo Rio Tarauacá. (Veja vídeo abaixo)
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Uma parente da vítima que não quis se identificar, contou à Rede Amazônica que Adriely recebeu a ligação do suspeito que pediu que ela levasse o filho que os dois tem juntos até ele. O ataque teria acontecido neste momento.
“O menino correu e ela correu para dentro do comércio que tem perto da casa dele. Ela correu e entrou no banheiro, só que não deu tempo para conseguir fechar a porta. Aí ele começou a furar ela. O senhorzinho [dono do comércio] ficou do lado pedindo pra ele parar”, disse a parente.
Vítima lutou com suspeito
A filha do comerciante, que também não quis se identificar, disse que o pai ficou sem reação ao ver o homem esfaqueando a vítima no local. Ainda de acordo com o relato do homem, a jovem lutou muito para sobreviver ao ataque.
“Ela lutou com ele. O pai disse que se ela tivesse sido ‘mais mole’, ele teria matado ela. Ela lutou com ele mesmo, ela se defendia do jeito que podia das facadas. Meu pai disse que nunca tinha visto uma coisa daquela. Foi muito triste, ela pedindo socorro, e meu pai só podia pedir pra ele não matar ela. Era a única coisa que ele podia fazer, porque ele não ia se agarrar com ele”, explica ela.
Vídeo mostra suspeito de tentativa de feminicídio, no interior do AC, fugindo nadando
Ao g1, a polícia disse que foi notificada do crime através de um grupo de mensagens por celular. Conforme o boletim de ocorrência, os policiais decidiram ir ao local informado e ao chegarem, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), tinha acabado de sair do local com a vítima que estava em estado crítico.
Os agentes foram informados pela equipe médica que a vítima estava na sala de emergência passando por cirurgia. Adriely sofreu perfurações nas costas, braços e pescoço e o suspeito teria tentado decapitá-la.
Os investigadores em conversa com a irmã do suspeito, receberam a informação de que ele possivelmente teria ido à casa de outra irmã que mora no bairro Ipepaconha, após pular no rio.
Os policiais procuraram Silva no local apontado pela irmã, porém não conseguiram encontrá-lo. O delegado Ronério Silva, responsável pela delegacia do município afirmou que a busca pelo homem continua na tentativa de prendê-lo ainda nesta terça (29), em flagrante.
Já a jovem deve ser encaminhada ao Hospital Regional do Juruá, em Cruzeiro do Sul. A administração confirmou a ida de Adriely, porém não soube precisar a hora que ela deve chegar.
CANAIS DE AJUDA PARA CASOS DE VIOLÊNCIA
A PM disponibiliza os seguintes números para que a mulher peça ajuda:
(68) 99609-3901
(68) 99611-3224
(68) 99610-4372
(68) 99614-2935
Veja outras formas de denunciar casos de violência contra a mulher:
Polícia Militar – 190: quando a criança está correndo risco imediato;
Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes;
Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres;
Qualquer delegacia de polícia;
Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;
Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia;
WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008;
Ministério Público;
Videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras) (https://atendelibras.mdh.gov.br/acesso)
*Colaborou Dayane Leite/Rede Amazônica
Vídeos: g1
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