FIDCs: conheça as novas oportunidades para investidores no Brasil

Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) representam uma alternativa cada vez mais procurada no mercado financeiro brasileiro, tanto por empresas que necessitam captar recursos quanto por investidores em busca de rentabilidade em um ambiente de alta taxa de juros e incerteza econômica. Esses fundos, que “compram créditos” e oferecem uma estrutura complexa e adaptável, estão prestes a se tornar um fenômeno popular entre investidores de varejo graças às recentes mudanças regulatórias.

João Peixoto, especialista no setor, explica que os FIDCs possuem uma escala impressionante, com “quase 3.000 FIDCs no mercado, gerenciando cerca de 600 bilhões de reais”. Este volume supera em dobro o patrimônio líquido e a quantidade dos fundos imobiliários, mostrando a robustez e a abrangência desse tipo de investimento no Brasil.

Historicamente, os FIDCs não eram conhecidos pelo público geral porque eram exclusivos para “investidores profissionais ou muito ricos”, com acesso restrito a um número limitado de cotistas. No entanto, isso mudou recentemente. “A CVM agora autorizou que o investidor de varejo possa investir em FIDCs”, revela Peixoto. Esta abertura é vista como um grande passo para popularizar o investimento em FIDCs entre o público mais amplo.

Os FIDCs são descritos como versáteis e adaptáveis. Eles podem ser estruturados tanto como fundos fechados, nos quais os investidores só podem negociar no mercado secundário, quanto como fundos abertos, que permitem resgates com liquidez que pode ser até diária. “Isso faz dos FIDCs uma opção atraente para diversas necessidades de investimento”, destaca Peixoto.

Além disso, os FIDCs têm a capacidade de adquirir uma ampla gama de créditos, de financiamento de veículos a créditos educacionais, o que os diferencia significativamente dos investimentos de renda fixa tradicionais, geralmente limitados a títulos emitidos por bancos ou grandes corporações.

Peixoto prevê um futuro brilhante para os FIDCs, com estimativas de que o setor possa alcançar um patrimônio de “3 trilhões de reais em cinco a seis anos”. Ele atribui esse potencial de crescimento ao aumento do interesse dos investidores de varejo e à flexibilidade dos FIDCs em adaptar-se a diferentes condições de mercado.

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