Suspeita de homicídio e tortura: Polícia investiga morte de criança de 2 anos dentro de casa no DF

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Pai é professor de educação física confessou à polícia que agredia filho e desferiu golpes na criança no dia da morte. Bombeiros foram chamados, mas ao chegar no local, na região do Paranoá, menino foi encontrado sem vida. A 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) investiga o caso.
Reprodução/TV Globo
Uma criança foi encontrada morta dentro de casa na quadra 17 do Paranoá, no Distrito Federal, na terça-feira (17) e a polícia investiga a causa da morte do menino. Segundo o Corpo de Bombeiros, quando os socorristas chegaram ao local, o menino, de 2 anos e 8 meses, já estava sem vida.
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A criança tinha machucados no rosto e no corpo. Os pais foram levados para a 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) e prestaram depoimento.
O pai do menino, Wagner Pereira da Silva, de 37 anos, é professor de educação física e contratado como temporário na rede pública do DF. Ele foi preso em flagrante, na terça, por homicídio qualificado. Segundo a polícia, o homem confessou que agredia filho e que desferiu golpes na criança no dia da morte (saiba mais abaixo).
Nesta quarta-feira (18), Wagner foi levado para o departamento de Polícia Especializada da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Segundo o delegado Bruno Carvalho, o laudo feito pelo IML ainda não está pronto, mas a criança tinha duas lesões na região dos olhos, além de outras pelo corpo.
Depoimentos dos pais
Delegado da 6ª DP, Bruno Carvalho, fala sobre os depoimentos da mãe e do pai da criança.
De acordo com o delegado-adjunto da 6ª DP, Bruno Carvalho, a mãe da criança, de 25 anos, contou à polícia que o marido agredia ela e o menino com frequência, e que ele tinha ciúmes da relação dela com o filho.
“Na data de ontem [17], pela manhã, após 6h, o pai teria agredido ela [a criança] mais uma vez, na região do rosto e na altura do abdômen. Essa agressão do pai, provavelmente, causou o rompimento do pâncreas dessa criança, e ela acabou falecendo por choque hipovolêmico”, diz o delegado.
A mãe disse à polícia que quando saiu de casa, depois dessa agressão, o filho estava com lesões no rosto de agressões anteriores, mas estava bem. Às 8h, a mãe recebeu uma ligação de Wagner Pereira da Silva que afirmou que a criança não estava bem. Quando chegou em casa, examinou o filho e percebeu que ele não tinha sinais vitais, a mãe chamou o Corpo de Bombeiros.
Segundo a polícia, o casal está junto há cerca de três anos. A mulher, que está grávida de oito meses, já tinha registrado um boletim de ocorrência contra o marido por violência doméstica, há menos de um ano, mas retirou a denúncia.
De acordo com a polícia, o pai confirmou que agredia o menino e que desferiu golpes no rosto e na região do abdômen do filho no dia da morte da criança. No depoimento, de acordo com o delegado, Wagner Pereira da Silva “não demostrou arrependimento ou remorso”.
Pai da criança é professor temporário da rede pública do DF
Wagner Pereira da Silva vai passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (19) e a Justiça vai decidir se o pai da criança continua preso. Ele é formado em Educação Física e é professor temporário na rede pública de ensino do DF.
O homem foi autuado por crime de homicídio qualificado, por emprego de tortura, por motivo fútil e pela redução da capacidade de resistência da vítima. A pena varia de 12 a 30 anos de prisão.
A mãe da criança foi liberada, pois segundo o delegado, não há provas para que ela fosse presa em flagrante. “Precisamos verificar se houve alguma forma de participação dela nessas condutas praticadas pelo autor, ainda que de forma omissiva”, diz o delegado.
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