Hezbollah dispara mais de 100 mísseis contra Israel, que bombardeia alvos no Líbano em resposta


Grupo extremista libanês disse que mirava fábrica militar israelense perto da cidade de Haifa. Israel diz que foguetes foram disparados ‘em direção a áreas civis’ e que destruiu cerca de 400 alvos militares do Hezbollah no Líbano nas últimas 24 horas. Domo de Ferro israelense intercepta no norte de Israel mísseis do Hezbollah lançados do Líbano em 22 de setembro de 2024.
AP Photo/Baz Ratner
O grupo extremista libanês Hezbollah disparou cerca de 115 mísseis contra o norte de Israel na madrugada deste domingo (22), segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI). Em resposta, o Exército israelense realizou bombardeios em alvos do Hezbollah no sul do Líbano.
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Os foguetes do Hezbollah atingiram uma área mais profunda ao norte de Israel do que os disparos anteriores, acionando sirenes de alerta aéreo em toda a região. O exército israelense afirmou que os foguetes foram disparados “em direção a áreas civis”, apontando para uma possível escalada, já que os ataques anteriores tinham como alvo principal instalações militares.
A troca de agressões é decorrente das explosões de pagers e de walkie-talkies de membros do Hezbollah no Líbano nesta semana. As tensões entre Israel e o grupo extremista se acirraram, e os bombardeios intensificaram.
Segundo equipes de resgate israelenses, quatro pessoas ficaram feridas por estilhaços perto de Haifa, onde prédios foram danificados e carros pegaram fogo. Ainda não se sabe se os danos foram causados por um foguete ou pela atuação de defesas aéreas do país.
Em contrapartida, o Hezbollah disse em comunicado no Telegram que “bombardeou complexos de indústrias militares da empresa Rafael, especializada em meios e equipamentos eletrônicos, localizada ao norte da cidade de Haifa, com dezenas de mísseis do tipo Fadi 1, Fadi 2 e Katyusha.”
Haifa é a terceira maior cidade de Israel e possui uma usina nuclear nos seus arredores. As regiões perto da cidade abrigam bases militares israelenses.
Na sexta (20), o Exército israelense realizou o maior bombardeio em Beirute, capital do Líbano, desde o início da guerra na Faixa de Gaza –travada entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas. Em resposta, o Hezbollah disparou cerca de 150 mísseis contra o território israelense. O bombardeio israelense em Beirute deixou 37 mortos e matou um comandante de operações militares do grupo.
O exército israelense disse que realizou uma onda de ataques no sul do Líbano nas últimas 24 horas, atingindo cerca de 400 alvos militares do grupo extremista, incluindo lançadores de foguetes.
Israel e Hezbollah têm trocado fogo desde o início da guerra em Gaza, há quase um ano, quando o grupo militante começou a disparar foguetes em solidariedade aos palestinos e seu aliado Hamas, apoiado pelo Irã. Os conflitos em baixa intensidade já mataram dezenas de pessoas em Israel, centenas no Líbano e deslocaram dezenas de milhares de ambos os lados da fronteira.
Nenhum dos lados acredita estar buscando uma guerra. No entanto, nas últimas semanas, Israel mudou seu foco de Gaza para o Líbano e prometeu restaurar a calma na fronteira para que seus cidadãos possam retornar para casa. O Hezbollah afirmou que só interromperá seus ataques se houver um cessar-fogo em Gaza, o que parece cada vez mais elusivo, já que as longas negociações lideradas pelos Estados Unidos, Egito e Catar têm estagnado repetidamente.
A guerra em Gaza começou com o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, no qual militantes palestinos mataram cerca de 1.200 pessoas e sequestraram cerca de 250. Eles ainda mantêm cerca de 100 reféns, um terço dos quais acredita-se estar morto. O Ministério da Saúde de Gaza afirma que mais de 41.000 palestinos foram mortos, sem especificar quantos eram combatentes, mas afirmando que mulheres e crianças representam mais da metade dos mortos.
A mídia israelense relatou que os foguetes disparados do Líbano na manhã de domingo foram interceptados nas áreas de Haifa e Nazaré, que estão mais ao sul do que a maioria dos disparos de foguetes até agora. Israel cancelou as aulas em todo o norte, intensificando a sensação de crise.
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