Quadrilha de tráfico de drogas que abastecia o Complexo da Maré é alvo de operação da PF e do Gaeco

Ao todo, 10 pessoas são alvos de mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça do RJ. Segundo as investigações, nos últimos anos, a quadrilha movimentou R$ 9 milhões. A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio (MPRJ) deflagraram uma operação na manhã desta terça-feira (10) contra um grupo suspeito de abastecer comunidades dominadas por criminosos do Terceiro Comando Puro (TCP) no RJ.
Ao todo, 10 pessoas são alvos de mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça fluminense. Segundo as investigações, nos últimos anos, a quadrilha movimentou R$ 9 milhões.
Os mandados da operação Queda Livre estão sendo cumpridos simultaneamente em Parada de Lucas, Cordovil, Vila da Penha, na Zona Norte, e Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio. Além do município de Lima Duarte, em Minas Gerais. A Justiça do RJ determinou o bloqueio de R$ 7 milhões das contas dos suspeitos.
A investigação começou em maio de 2021, após a Polícia Federal de Marília (SP) localizar e apreender 164 kg de crack e cocaína dentro de um helicóptero que pousou sem autorização em um canavial na zona rural entre Paraguaçu Paulista e Lutécia (SP), e da apreensão de 50 kg de cocaína que eram transportados por um motorista em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, em julho do mesmo ano.
Naquela ocasião, no interior de São paulo, foram presos flagrante Fábio Rosa da Silva e Felipe Chadi Mendes, ambos denunciados pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Geaeco) do Rio.
Durante as investigações, identificou-se que o grupo criminoso era voltado ao fornecimento de drogas para comunidades do TCP, como a Vila do Pinheiro, no Complexo da Maré. Os promotores também apontam a lavagem de dinheiro por meio da compra de uma fazenda em Minas Gerais e de empresas de fachada.
Entre os denunciados do esquema criminoso está Robson Martins dos Santos, conhecido como Douglas Castro, apontado nas investigações como líder da organização criminosa e fornecedor de drogas para a facção criminosa.
Segundo as investigações, Castro dirigia as ações de seus comparsas para a obtenção de veículos e “mulas” que seriam utilizados para o transporte da droga, além da realização das funções de “batedor” da carga ilícita e de “laranja” para a ocultação do patrimônio obtido ilegalmente.
Após ser condenado a 14 anos de prisão, em 2019, por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, ele fugiu para a cidade de Lima Duarte, onde comprou uma fazenda, que passou a servir de entreposto para o transporte das drogas para a Maré.
Os alvos da operação desta terça foram denunciados à Justiça pelos crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa da Capital. Além do congelamento das contas, a justiça suspendeu a autorização de um dos denunciados para pilotar helicóptero.
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