Mural consagra legado da 1ª professora negra de universidade de Criciúma

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“Essa obra é muito significativa para mim, pois reflete os valores e o significado que a Unesc tem em minha vida. A universidade representa um ambiente de aprendizado e crescimento, no qual pude desenvolver minhas habilidades e construir o meu caminho profissional com sucesso”.

Esse relato é de Vani Anacleto, que em 1978 se tornou a primeira professora negra a lecionar na instituição, e agora está imortalizada em uma vibrante obra de arte que decora uma das paredes do Bloco Administrativo da Unesc.

Mural consagra legado da 1ª professora negra de universidade de Criciúma   - Daniela Savi e Marciano Bortolin/Unesc/Divulgação/ND
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Mural consagra legado da 1ª professora negra de universidade de Criciúma – Daniela Savi e Marciano Bortolin/Unesc/Divulgação/ND

Pintura foi feita pela artista renomada Gugie Cavalcanti - Daniela Savi e Marciano Bortolin/Unesc/Divulgação/ND
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Pintura foi feita pela artista renomada Gugie Cavalcanti – Daniela Savi e Marciano Bortolin/Unesc/Divulgação/ND

Obra levou três dias para ser concluída  - Daniela Savi e Marciano Bortolin/Unesc/Divulgação/ND
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Obra levou três dias para ser concluída – Daniela Savi e Marciano Bortolin/Unesc/Divulgação/ND

A artista responsável pelo retrato que homenageia a história e o legado da ex-professora é Monique Cavalcanti, também conhecida como Gugie Cavalcanti.

Com técnica de grafite marcante, a profissional, já reconhecida por obras em todo o país, transformou a parede em uma exibição de cores e expressões que capturam a força, a beleza e a importância da história de Vani, responsável por ministrar as aulas no curso de Educação Física por 20 anos na Unesc.

“Eu tinha 22 anos quando iniciei a carreira como professora. Trabalhei muito pela educação e transmitia, nas minhas aulas, um pouco de tudo sobre a vida. Fiquei muito feliz com essa homenagem. A obra é um lembrete constante de como a Unesc é uma instituição que acolhe e valoriza a diversidade em todas as suas formas”, declara Vani, olhando atentamente cada detalhe exposto no retrato.

Por meio de cores vibrantes e traços expressivos, a artista Gugie retrata a figura de Vani com um olhar forte e determinado, simbolizando a força e a resistência da comunidade negra. Além disso, a obra busca incentivar a reflexão sobre a importância da representatividade e da diversidade nos espaços públicos e acadêmicos.

Inspiração para as próximas gerações

Para a coordenadora do Neabi (Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas) da Unesc, Normélia Ondina Lalau de Farias, o retrato da primeira professora negra da instituição é uma inspiração para as próximas gerações de educadores e estudantes.

“O retrato não apenas homenageia a trajetória de Vani, mas também simboliza o espaço e o crescimento para outras pessoas que se identificam com a luta e a história da educadora. Ela abriu portas para muitos, incluindo a mim mesma, enquanto mulher negra e professora”, enfatizou.

Trabalho intenso

A pintura exigiu um trabalho intenso e cuidadoso ao longo de três dias, e o resultado é um retrato cativante e inspirador. “Fiquei muito feliz com o convite, primeiro por estar em uma universidade e trazer um pouco da minha pesquisa. É uma honra poder compartilhar o que eu faço e ter esse reconhecimento institucional”, agradeceu.

“Eu já tive a oportunidade de pintar Antonieta de Barros e lembro de ter uma emoção semelhante ao fazer essa obra. Ela tem uma conexão muito forte e é muito especial”, reforçou Gugie.

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