Porta-voz do Hamas diz que grupo quer libertar palestinos presos e acabar com ‘provocações’ de Israel

Em entrevista à ‘Associated Press’, membro do grupo armado afirmou que ‘grande número de israelenses’ foi capturado. Estima-se que mais de 100 pessoas tenham sido sequestradas. Vídeo mostra israelense sendo sequestrada
Um porta-voz do grupo armado Hamas, que fez um ataque-surpresa contra Israel no sábado (7), afirmou que a organização quer libertar palestinos que estão presos em Israel. As afirmações foram divulgadas em uma entrevista à “Associated Press”, nesta segunda-feira (9).
Participe do canal do g1 no WhatsApp
Abdel-Latif al-Qanoua afirmou que outro objetivo do grupo é acabar com “provocações” israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém — que são territórios alvos de conflitos. Ele também citou uma mesquita alvo de tensões entre israelenses e palestinos.
“Estamos numa batalha aberta para defender o nosso povo e a mesquita de Al-Aqsa”, disse ele. “Esta batalha está ligada à libertação de todos os prisioneiros palestinos e à cessação das atividades deste governo fascista em Jerusalém.”
A mesquita de Al-Aqsa, que fica em Jerusalém, é considerada importante para o judaísmo e para o Islã.
O porta-voz disse ainda que o Hamas capturou “um grande número de israelenses”, mas não divulgou um balanço. Existe uma estimativa de que pelo menos 100 pessoas tenham sido sequestradas pelo grupo em Israel.
À AP, Abdel-Latif al-Qanoua afirmou que o grupo deve divulgar um número de pessoas capturadas em breve. Não ficou claro se o Hamas irá negociar uma troca com Israel entre reféns e prisioneiros.
Conheça a mesquita de Al-Aqsa, que foi citada pelo Hamas em ataque
Israel x Hamas
Domo de Ferro intercepta foguetes inimigos sob cidade israelense, em 9 de outubro de 2023
REUTERS/Amir Cohen
No sábado (7), lideranças do Hamas anunciaram que estavam iniciando uma grande operação de retomada de território. Um alto comandante do grupo chegou a dizer que mais de 5 mil foguetes tinham sido lançados contra Israel a partir da Faixa de Gaza.
Sirenes foram ouvidas em várias partes de Israel, incluindo grandes cidades, como Tel Aviv e Jerusalém. Os ataques atingiram prédios e veículos, causando estragos em diversas regiões do país.
Pela terra, pelo ar e pelo mar, homens armados do Hamas invadiram o território israelita na região sul do país. Agências internacionais relataram que esses homens atiraram contra pessoas que estavam nas ruas.
Também há relatos de dezenas de moradores israelenses sendo levados como reféns para a Faixa de Gaza.
Após a ofensiva, o primeiro-ministro israelense convocou uma reunião de emergência e lançou a operação “Espadas de Ferro”, prometendo uma resposta ao Hamas.
O governo de Israel pediu para que os cidadãos sigam instruções de segurança. A recomendação é para que as pessoas fiquem próximas de espaços protegidos.
O último balanço das autoridades indica que 1.200 pessoas morreram em Israel e na Faixa de Gaza. Há milhares de pessoas feridas. Os bombardeios continuam nesta segunda-feira (9).
VÍDEOS: o conflito entre Israel e Hamas

Adicionar aos favoritos o Link permanente.