Comunidades ribeirinhas sofrem com a seca na região Norte

Segundo a Defesa Civil do Amazonas, 42 cidades estão em situação de emergência; quase 300 mil pessoas foram atingidas. No Amazonas, já falta água para comunidades ribeirinhas
A seca na região Norte vem trazendo sofrimento às comunidades ribeirinhas. No Amazonas, já falta água até para beber.
Francisco da Cunha tem 75 anos. A água que sai de um cano improvisado, colocado em um córrego, é a única que ele tem para beber. Ele cuidava de lanchas que ficavam atracadas no Lago Mauá, na Zona Leste de Manaus. Com a estiagem, um trecho do Rio Negro está seco, e ele não tem mais fonte de renda.
Cerca de 60 famílias moram na comunidade formada por casas flutuantes que encalharam por causa da seca. Assim como Francisco, muitas cuidavam de barcos e dependiam da pesca para sobreviver.
Na estiagem de 2022, a água do Rio Negro chegou até um ponto. Mas hoje, o mesmo local está seco, com a terra cheia de rachaduras causadas pela alta temperatura e cercado de casas flutuantes isoladas.
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Os números da estiagem aumentaram. Segundo a Defesa Civil do Amazonas, 42 cidades estão em situação de emergência; quase 300 mil pessoas foram atingidas. Já há casos de cidades e comunidades ribeirinhas com problemas de abastecimento de água potável, alimentos e insumos. Os rios estão secando cada vez mais e os peixes, morrendo.
Esta semana, os governos federal e do Amazonas anunciaram uma força-tarefa para ajudar as comunidades mais atingidas pela seca.
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