Morre Nalu Faria, ativista histórica pela luta feminista no país

Morte por parada cardíaca foi comunicada pelas redes sociais da Marcha Mundial das Mulheres. Nalu Faria
Reprodução/Marcha Mundial das Mulheres
Parte da luta feminista no país, a militante Nalu Faria morreu nesta sexta-feira (6). A morte foi comunicada pelas redes sociais da Marcha Mundial das Mulheres.
“No início da tarde teve uma parada cardíaca e não resistiu. Nalu estava internada desde o início de agosto, lutando para estabilizar seu quadro de saúde, com a garra e a determinação que conhecemos e que sempre marcou sua vida”, diz o comunicado. Não há informações sobre velório e sepultamento.
Por meio da Secretaria-Geral da Presidência, o governo federal emitiu uma nota de pesar dela, que era integrante da coordenação-executiva do Conselho de Participação Social, o Conselhão, dirigente feminista da Marcha Mundial das Mulheres e liderança do Partido dos Trabalhadores:
“Nalu Faria, integrante da coordenação-executiva do Conselho de Participação Social da Presidência da República, dirigente feminista da Marcha Mundial das Mulheres e importante liderança do Partido dos Trabalhadores.
Em nome do Conselho de Participação Social e da Secretaria-Geral da Presidência da República lamento profundamente seu falecimento”.
Nalu era psicóloga e coordenadora da Sempreviva Organização Feminista (SOF). Formou gerações no feminismo popular e se tornou reconhecida internacionalmente, tendo atuado na construção de eventos como o Fórum Social Mundial e a Marcha das Margaridas.
“Neste doloroso momento, manifesto nossa solidariedade a seus familiares, amigos e a todas as mulheres que ela formou e inspirou”, finaliza a nota.
A Fundação Perseu Abramo lamentou a morte e escreveu que Nalu foi integrante do Conselho Curador entre 2012 a 2020 e autora de publicações sobre temas que fazem parte da luta das mulheres, incluindo o debate sobre economia feminista.
“Nos deixa não só seu legado de luta, resistência e persistência, mas muita saudade. Como ela, temos fé na força que só a organização da luta por justiça e direitos consegue modificar a vida de cada uma de nós. E por este motivo, eternamente, Nalu presente.”

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