Transformação digital é foco de empresas de varejo em 2023

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A 5ª edição do estudo “Transformação Digital no Varejo Brasileiro”, realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), mostrou que 64% das empresas varejistas pretendem investir mais em transformação digital neste ano. As principais áreas de implementação estão relacionadas às vendas online (88%), omnicanalidade, ou seja, integração de canais online e offline de vendas (80%), e experiência do consumidor (80%).

Outro dado relevado pelo estudo é que para 52% das empresas varejistas entrevistadas, o investimento em transformação digital equivale a mais de 0,61% do faturamento bruto. E as que já fazem investimentos nessa área apontaram que os principais benefícios foram aumento da receita (74%) e aumento do valor da empresa (64%).

O levantamento da SBVC revelou ainda que os investimentos em transformação digital são realidade do varejo, porém as empresas ainda sentem dificuldades em sua implementação. Os principais desafios são na parte financeira (38%), na mudança da cultura organizacional (25%) e em processos (17%). 

Com 23 anos de experiência na área de Tecnologia da Informação, o desenvolvedor de softwares Filipe Pereira Magalhães explica que uma forma simples de iniciar a transformação digital na empresa é investir em sistemas de gestão do negócio. “O sistema, quando bem pensado, irá agrupar todas as informações relevantes para o funcionamento do processo, seja ele qual for, organizará e trará agilidade, confiabilidade, rastreamento das informações, segurança e até redução dos custos do negócio”, diz, enfatizando que a coleta de informações e dados pelos sistemas implantados na empresa poderão auxiliar na tomada de decisões.

Segundo Magalhães, para que os sistemas escolhidos ou desenvolvidos para atender a todos os processos da empresa sejam eficientes e forneçam os dados necessários para o crescimento do negócio, é preciso conhecer de forma profunda todas as áreas da empresa. “Penso que para um desenvolvimento de sistema eficiente, além do conhecimento técnico, os analistas e programadores responsáveis devam viver uma imersão da rotina do projeto a ser desenvolvido. Também precisam conviver com os funcionários e coletar todas as informações possíveis de todos os setores e profissionais que participam do fluxo de trabalho, não só dos gestores”, reforça ele.

O especialista em desenvolvimento de softwares explica também que com uma visão global do negócio, tanto nos aspectos macros e micros dos processos existentes na empresa, será possível conhecer os processos que ali ocorrem, além de entender as necessidades e todos os elos desses processos. “Trabalhando desta forma o sistema terá grande potencial de sucesso”, atesta.

Sistemas de gestão prontos ou desenvolvidos exclusivamente para o negócio: como escolher?

Ao investir em transformação digital, especialmente na digitalização dos processos da empresa, uma dúvida que costuma surgir é sobre a escolha entre a aquisição de um sistema já pronto, validado pelo mercado, ou investimento no desenvolvimento de um sistema exclusivo para a empresa. O especialista em desenvolvimento de softwares Filipe Magalhães comenta que hoje existem no mercado diversos programas e sistemas prontos para utilização, entretanto, por serem genéricos, nem sempre atendem as rotinas de trabalho e o fluxo de serviço específico de cada empreendimento. “Em soluções prontas, o negócio seguirá o sistema e não o contrário”, diz.

Para o caso de ser necessário desenvolver o sistema, o profissional informa que é necessário utilizar uma linguagem de programação e, para isso, é preciso que o setor ou o responsável pela área de Tecnologia, esteja atento às atualizações do mercado. “Um bom profissional deve estar atento às mudanças, se manter atualizado e sempre buscar a melhor solução para cada situação. Eu diria que linguagens como Python, JavaScript e seus frameworks seriam os destaques atualmente”, revela.

E para o caso de a empresa optar por desenvolvimento de um sistema próprio de gestão e de organização de sua rotina e processos, Filipe Magalhães comenta que é preciso levar em consideração fatores como tempo e custo de desenvolvimento. “O tempo e o custo da construção de uma nova solução poderão variar muito, tendo como base o tamanho do projeto e sua complexidade, além da quantidade e qualificação dos profissionais envolvidos”, diz.

O profissional destaca ainda que a utilização de metodologias ágeis desenvolvimento minimiza retrabalho e manutenções futuras. “Isso é possível pois são realizadas entregas incrementais ao cliente a cada ciclo, validando o que foi produzido até ali e garantindo que as expectativas sejam atendidas, além de eliminar custos futuros e minimizar o risco de fracasso do projeto”, conclui. 

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