Bienal de Dança terá parkour para idosos e dança com pessoas da terceira idade

Evento levanta questões sobre etarismo por meio de espetáculos e atividades para maiores de 60 anos. Bienal de Dança terá parkour para idosos e dança com pessoas da terceira idade
Gil Grossi
A 13ª edição da Bienal Sesc de Dança, que começou na quinta-feira (14) em Campinas (SP), apresenta diversas atividades que não se resumem apenas a espetáculos. Ambos os casos tem a diversidade como elemento chave e uma das questões apresentadas é o etarismo.
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Colocando-se contra este preconceito, que se mostra crescente nos últimos anos, o evento traz algumas atividades que desenvolvem o tema e criam espaços para discutir o “corpo velho”.
Dentre elas, a oficina “Parkour, Idosos e a Cidade – Dançarquitetura”, apresentados pelos artistas Jerônimo Bittencourt e Danielli Mendes; e a peça “Corpos Velhos – Pra Que Servem” dirigido pelo bailarino e coreógrafo Luis Arrieta.
Parkour, Idosos e a Cidade
Jerônimo Bittencourt e Danielli Mendes são professores que propõem a reflexão do papel dos idosos na relação com os espaços públicos. Para isso, se utilizam do Parkour, um esporte urbano francês conhecido pelo alto impacto e que estimula a potência dos corpos na experiência direta com as estruturas da cidade.
O parkourt apresentado na Bienal de Dança, contudo, será adaptado, a partir de atividades nas quais o participante possam se integrar ao ambiente da metrópole com autonomia, respeitando ritmos e possibilidades de interação específicos para a idade.
Os proponentes têm como objetivo apresentar um percurso no qual as estruturas arquitetônicas deixam de ser obstáculos e passam a ser formas geométricas repletas de alma e de poesia que compõem o cenário por onde a dança e a vida fluem.
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Onde estão os corpos velhos da dança?
Bienal de Dança terá apresentação com o tema “Onde estão os corpos velhos da dança?”
Gil Grossi
A dança é uma das principais formas de manifestação da cultura realizada por meio do movimento dos copos, e na busca pela pluralidade pode-se questionar: “onde estão os corpos velhos da dança?”.
Tal pergunta serviu de guia para o bailarino e coreógrafo portenho, radicado no Brasil, Luis Arrieta, para a criação da peça “Corpos Velhos – Pra que Servem?”
Arrieta reuniu expoentes da dança brasileira para investigar as danças possíveis de cada um dos corpos. Assim, se junta ao espetáculo nomes como Célia Gouvêa, Décio Otero, Iracity Cardoso, Lumena Macedo, Marika Gidali, Mônica Mion, Neyde Rossi e Yoko Okada.
Cada artistas contribui com gestos e movimentos próprios, com erros e acertos localizados no tempo e no presente. Um encontro que convida ao diálogo dos corpos ao invés da fala, com improvisos e memórias que residem em cada artista.
A apresentação expõe a urgência de discutir preconceitos carregados pela sociedade que descartam o considerado fora do padrão de juventude, questões que cruzam o etarismo, e ressalta o fazer artístico como ato de resistência política, poética e subversiva.
Serviço
Espetáculo Corpos Velhos – Pra Que Servem?” de Luis Arrieta
Data: sexta-feira, 15 de setembro, às 21H30
Local: Sesc Campinas | Galpão
Endereço:
Entrada: pelo site
Oficina Parkour, Idosos e a Cidade
Data: terça e quarta-feira, 19 e 20 de setembro, às 10h
Local: Sesc Campinas | Galpão
Endereço:
Inscrições: pelo link
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