Setor de serviços lidera a criação de empregos no primeiro trimestre do ano

De acordo com dados de emprego formal do primeiro trimestre do ano, o setor mais aquecido da economia é o de serviços, com mais de 300 mil vagas criadas. Setor de serviços lidera a criação de empregos no primeiro trimestre do ano
Reprodução/JN
O setor de serviços liderou a criação de empregos no primeiro trimestre do ano. E algumas áreas se destacaram no mapa de contratações de trabalhadores.
Num jogo de futebol, o mapa de calor mostra por onde correu o atacante na partida. No varejo, o mesmo recurso serve para estudar a circulação de clientes. Vale também para o trânsito de carros e até para acompanhar o caminho de uma epidemia.
E a gente pode aplicar o conceito de mapa de calor na economia. A partir dos dados de emprego formal do primeiro trimestre do ano, a gente vê que o comércio ficou gelado. A agropecuária, fria. Já as contratações na construção civil e na indústria, geraram calor. Mas o setor mais aquecido da economia é o de serviços, com mais de 300 mil vagas criadas.
Se a gente olha de perto, consegue ver quais são as áreas mais quentes. São aquelas ligadas à educação, serviços administrativos e escritórios.
“O setor de serviços está sendo beneficiado por vários fatores. O primeiro é a retomada das empresas ao esquema presencial de trabalho. Então a gente está vendo muitos setores, serviços de apoio administrativo a escritórios, a edifícios. A gente está vendo também a retomada de algumas vagas de administração pública. E a questão da educação, que é o primeiro ano do setor de educação sem esses efeitos da pandemia. Querendo ou não, é o setor mais heterogêneo, que mais emprega no país e está sendo beneficiado de diversas fontes”, diz o economista da LCA Consultores, Bruno Imaizumi.
E nesse ponto a gente troca a linguagem da economia pela história das pessoas.
“Eu trabalhei na minha escola antiga 16 anos e, no final do ano, eu saí e fiquei menos de um mês desempregada”, conta a professora Bianca Darte Leite.
“Na temporada de pico, que a gente chama assim, que é final de dezembro até comecinho de janeiro, em torno de 7 propostas. Então era quase que uma semanal”, relata o professor Diangelis Barbato França.
Em altas temperaturas, é mais fácil negociar salário.
“Principalmente nas instituições privadas, nas escolas privadas. Acredito que isso acaba tornando o professor mais valorado, ter um valor maior para o professor”, opina o professor Edy Carlos Leite da Silva.
Nos escritórios o vapor que aquece a atividade vem dos profissionais – de volta ao trabalho presencial.
“Precisei contratar, ainda estou contratando, porque a gente está em expansão. E, com isso, tivemos que contratar funcionários tanto nas áreas de suporte administrativas, quanto nas próprias operações dessas unidades”, relata a diretora de operações e novos negócios, Patrícia Coelho.
Temperatura ideal para o crescimento das pessoas.
“Faz mais ou menos 2 meses que eu trabalho aqui. Hoje eu pago meu aluguel, estudo, pago academia, faço meu lazer também, tem a família que eu ajudo financeiramente. Então me ajuda praticamente em todas as partes da nossa vida”, diz o analista comercial Danilo Santana.

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