Dia do orgulho: o que significa a sigla LGBTQIAPN+? Sexualidade ou identidade de gênero?

Nesta sexta-feira (28), comemora-se o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+. Data que começou a ser chamada de Dia do Orgulho Gay, depois foi adaptada para Dia do Orgulho LGBT e, agora, ganhou ainda mais força. Mas, você já deve ter se perguntado, afinal o que significa a sigla LGBTQIAPN+?

Diversa, a sigla foi adaptada ao longo dos anos para que orientações sexuais diversas e identidades de gênero fossem representadas. Termos guarda-chuva, como a palavra queer, também passaram a fazer parte a partir do momento que parte da população brasileira mostrou se identificar como tal.

Veja o que significa a sigla LGBTQIAPN+

Letra L

O “L” significa a comunidade lésbica e se refere a orientação sexual de mulheres que se sentem atraídas afetiva ou sexualmente por outras mulheres, sejam elas cisgênero ou transsexuais.

Letra G

O “G” diz respeitos aos homens gays atraídos afetiva ou sexualmente por outros homens, também cisgênero ou transsexuais. É uma orientação sexual.

Letra B

O “B”  representa as pessoas de ambos os sexos – masculino e feminino – que se relacionam afetiva e sexualmente com pessoas de ambos os sexos e gêneros.

Letra T

O “T” é uma das letras guarda-chuva é se refere as pessoas travestis, transexuais e transgêneros. A ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) define como transgênero as pessoas que transitam entre os gêneros. Transexual são aqueles que possuem uma identidade de gênero diferente do sexo biológico. E travesti é uma construção de gênero feminino, também oposta ao sexo biológico. Por muitos anos, a palavra travesti foi usada como um termo pejorativo. Hoje, o termo tem também um significado político, principalmente as mulheres trans periféricas.

Letra Q

O “Q” significa queer. O termo vem do inglês e é utilizado para caracterizar uma abrangência maior aos termos lésbica, gay e bissexual. Mas, em alguns contextos, também já foi usado de formas pejorativa.

Letra I

O “I” se refere as pessoas que nascem com uma anatomia reprodutiva e sexual que não se ajusta às definições típicas do feminino ou do masculino. São chamadas de pessoas intersexo.

Apesar de parecer complexo, o assunto tem exemplos famosos, como o da influenciadora Karen Bachini, que publicou um vídeo revelando ser intersexo.

Karen explicou que possui os genitais e órgãos internos referentes ao sexo feminino, mas não produz hormônios. Além disso, enfrentou diversos problemas na adolescência, e por falta de conhecimento, o diagnóstico nunca veio. Ela tinha o ovário muito pequeno e não tinha glândula mamária.

Ainda, as pessoas intersexo eram conhecidas como hermafrodita, porém o termo entrou em desuso por ser considerado pejorativo.

Letra A

O “A” representa as pessoas que não sentem nenhuma atração sexual por nenhum sexo ou gênero. A condição é independente da orientação sexual e não se refere a atração afetiva, somente sexual.

Letra P

O “P” significa pansexuais. Primeiro, é preciso entender que a letra representa pessoas que não consideram o conceito de binariedade  (homem e mulher, masculino e feminino). Assim, pansexuais sentem atração física e se relacionam efetivamente com pessoas, independente da identidade de gênero ou sexo biológico.

Letra N

O “N” representa as pessoas não-binárias, ou seja, que não se identificam totalmente com o gênero feminino ou masculino, podendo ter uma identidade de gênero fluida. Influenciadores como Gabriel Moraes (Gabb) e Juvi Chagas representam a comunidade, além da artista Jupitter.

Diferença entre sexualidade e identidade de gênero

Agora que você já sabe o que significa a sigla LGBTQIAPN+, tem, ainda, a diferença entre sexualidade e identidade de gênero. De acordo com a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) a sexualidade é um termo genérico que, entre tantas possibilidade, se refere com quem nos relacionados. Ou seja, diz respeito a orientação sexual (heterossexual, homossexual, bissexual, pansexual).

Já a identidade de gênero, de modo geral, é sobre o relacionamento da pessoa com o próprio corpo. Por exemplo, existem pessoas que nascem do sexo masculino, mas, com o passar dos anos, não se identificam como homem. A questão gera um conflito interno.