Estudo avalia condições estruturais de prédios tombados em Jaú; entenda

Relatório, dividido em 5 graus (péssimo, ruim, regular, bom e ótimo), visa classificar o grau de conservação dos locais. Uma série de ocorrências de desabamentos na cidade motivou a realização do levantamento. Imagens mostram o estrago causado pelo desabamento parcial da fachada do prédio em Jaú
Central da Notícia/ Divulgação
A Prefeitura de Jaú (SP) divulgou o resultado de um estudo que avaliou as condições estruturais dos prédios tombados na cidade. O relatório, dividido em 5 graus (péssimo, ruim, regular, bom e ótimo), visa classificar o grau de conservação dos locais.
Dentre as 392 estruturas que foram avaliadas, 11 foram consideradas “ótimas”, 257 “boas”, 94 “regulares”, 6 “ruins” e 24 “péssimas”. Sobre o tombamento, os imóveis são divididos em quatro graus
Grau 1: Somente aplicável aos bens imóveis tombados, de alto valor histórico, arquitetônico e ambiental determinando que a preservação das edificações seja integral, a utilização do imóvel tenha funções compatíveis à preservação e sejam aplicados métodos adequados em sua conservação e restauração.
Grau 2: Aplicável aos bens imóveis de valor histórico, arquitetônico e ambiental cuja importância não abranja a totalidade do bem, determinando que a preservação se refira a apenas partes delimitadas do imóvel como a fachada, as aberturas, os caixilhos, volumetria, unidade da pintura externa e caso haja relevância a pintura interna, a utilização do imóvel não degrade a parte protegida e que sejam utilizados métodos adequados de conservação e restauração.
Grau 3: Aplicável aos bens imóveis de valor histórico, arquitetônicos, e ambiental, cujo principal valor resida em suas características externas, que a proteção da fachada seja suficiente para assegurar a preservação dos valores, determinando que a preservação se refira à conservação das fachadas, componentes arquitetônicos externos aberturas, ornamentos e unidade da pintura, as edificações poderão sofrer alterações internas desde que respeitado o item anterior e que sejam utilizados métodos adequados de conservação e restauração.
Grau 4: O imóvel inserido nessa classificação será todo aquele que tenha características singelas e não faça parte de fatos de grande importância histórica, sendo preservado através de fotos, vídeos, croquis, projetos arquitetônicos, relatos e documentos.
Desabamentos na cidade
Uma série de ocorrências de desabamentos em Jaú acendeu o alerta para as autoridades acerca do estado dos imóveis na cidade. No dia 17 de maio deste ano, houve a queda da fachada de um prédio bem em frente ao Terminal Rodoviário.
O prédio, localizado no centro de Jaú, estava interditado desde fevereiro desta ano. O lugar é histórico, com aproximadamente 100 anos, e é patrimônio preservavel, do tipo grau 1.
Avisos de risco haviam sido colocados pela Defesa Civil há 4 meses
Wânyffer Monteiro / TV TEM
Segundo a prefeitura, o prédio tem 72 donos, e eles foram notificados várias vezes antes do acidente. À época, a prefeitura fez um boletim de ocorrência em relação à falta de conservação de patrimônio histórico.
O desabamento da fachada do prédio colocou em risco outras construções ao lado, como o comércio que divide parede com ele. Foi recomendada a demolição da estrutura deste comércio. Já outros três comerciantes terão que fazer reformas nos seus estabelecimentos.
Vídeo mostra clarão no céu em explosão de transformador após queda de fachada de prédio
Já em abril deste ano, parte da fachada de um prédio também desabou no centro de Jaú. O acidente ocorreu na Rua Major Prado, próximo às ruas Amaral Gurgel e Campos Sales. Um vídeo mostrou o clarão no céu logo após o desabamento do prédio (veja o vídeo acima).
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, com a queda da estrutura a fiação elétrica foi atingida e houve uma explosão no transformador da rua onde fica o prédio. Imagens feitas com um drone mostram a destruição causada pela queda.
Imagens aéreas mostram parte da fachada de prédio que desabou no centro de Jaú
Os desabamentos de estruturas de imóveis na cidade também já ocasionaram mortes, como a de um vendedor de doces, no dia 24 de setembro de 2021. Parte de um muro de um prédio que estava em reforma desabou e atingiu o comerciante, de 49 anos. Paulo Sérgio Ananias passava pela Rua Amaral Gurgel quando foi atingido pela estrutura que era uma antiga casa de massas e passava por obras.
Na época, a Defesa Civil do município verificou que tinham sido retiradas vigas de sustentação do telhado. Em nota, a Prefeitura de Jaú informou que os proprietários do prédio haviam dado entrada em processo junto à prefeitura solicitando autorização para reforma, que ainda não havia sido autorizada. Já a empresa disse que os trabalhos estavam autorizados.
Fachada de prédio antigo desaba em Jaú
Wânyffer Monteiro/ TVTEM
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