Queda de elevador, peça despencando e pane em montanha-russa: litoral de SP soma acidentes em parques de diversões em menos de um ano

Cidades de São Vicente e Itanhaém concentraram as três ocorrências desde setembro de 2022. O g1 procurou o Corpo de Bombeiros e as prefeituras sobre o processo de fiscalização nos equipamentos. Litoral de SP somou acidentes em parques de diversões em menos de um ano
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Queda de ‘elevador’, peça de brinquedo ‘Kamikaze’ despencando em cima de pessoas e pane em montanha-russa. As cidades de São Vicente e Itanhaém, ambas no litoral de São Paulo, somaram três ocorrências em parques de diversões em aproximadamente nove meses.
O g1, então, entrou em contato com o Corpo de Bombeiros e também com os municípios, com o objetivo de apurar informações sobre como funcionam os procedimentos que devem garantir a segurança dos clientes durante a utilização dos brinquedos (veja abaixo).
O primeiro caso foi com o ‘elevador’, que despencou com violência e deixou três feridos em Itanhaém, em setembro de 2022. Na sequência, uma montanha-russa travou no topo, no mesmo parque e cidade, em dezembro daquele ano. Ao menos dez pessoas precisaram deixar a atração pela rampa de acesso.
O último caso registrado na região aconteceu em julho deste ano. Na ocasião, duas mulheres foram atingidas por uma peça do brinquedo ‘Kamikaze’, em um parque em São Vicente.
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Corpo de Bombeiro
Segundo a corporação, é necessário que o parque obtenha uma das Licenças requeridas para o funcionamento: Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros (CLCB) ou ainda Termo de Autorização para Adequação do Corpo de Bombeiros (TAACB).
“Cada parque irá se enquadrar em uma dessas licenças, de acordo com a metragem e público estimado”, explicou o Corpo de Bombeiros, por meio de nota ao g1.
Ainda de acordo com a corporação, o fato de uma área de risco possuir o AVCB “garante que aquele local cumpre com os requisitos de segurança em caso de sinistro [acidente], provendo meios para combate a incêndios e rotas de fuga seguras para seus ocupantes”.
Itanhaém e São Vicente
Ao g1, a Prefeitura de Itanhaém informou, também em nota, que a o acompanhamento desse tipo de empreendimento é realizada pela chamada ‘Fiscalização de Obras’, em conjunto com o Departamento de Comércio, tendo o apoio da Defesa Civil quando necessário.
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O município acrescentou que solicita a apresentação de “todas as ARTs e laudos referentes às instalações dos equipamentos, além do AVCB do Corpo de Bombeiros necessários para que possa ser emitido o alvará de funcionamento do parque”.
A Prefeitura de São Vicente não respondeu aos questionamentos da reportagem até a última atualização desta matéria.
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Parques interditados
Conforme apurado pelo g1 à época dos acontecimentos, a Defesa Civil de Itanhaém lacrou o parque – do elevador – por falta de segurança, em setembro de 2022. O comércio tinha um AVCB com validade até 23 de novembro daquele ano, ou seja, ainda dentro do tempo estabelecido pelo documento.
A pane na montanha-russa, por sua vez, aconteceu em novembro, logo no mês seguinte. A prefeitura lacrou novamente o parque, porém, o comércio ignorou a interdição e abriu as portas.
O parque de diversões em São Vicente, onde ocorreu o acidente com o brinquedo ‘Kamikaze’, foi interditado pela prefeitura em julho de 2023. Na ocasião, o município informou que o comércio só poderia ser aberto após apresentar novos laudos técnicos.
Não há novas informações sobre eventuais irregularidades nos dois parques após as ocorrências.
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