Ibovespa abre em baixa, com preocupações com economia global

Ontem, o índice caiu 0,53%, aos 114.982 pontos, renovando o menor patamar desde junho. A maior sequência de quedas até então havia sido de 12 pregões consecutivos em 1970, de 26 de maio a 11 de junho daquele ano. Ibovespa
Freepik
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, abriu em baixa nesta sexta-feira (18), iniciando o 14° pregão consecutivo em queda, na maior sequência de desvalorização da história.
O mercado segue monitorando o rumo dos juros nos Estados Unidos, após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) indicar que pode realizar novos aumentos nas taxas. Além disso, investidores estão de olho na situação da China, que dá sinais de desaceleração econômica.
Às 09h15, o índice caía 0,34%, aos 114.592 pontos. Veja mais cotações.
No dia anterior, o Ibovespa fechou em queda de 0,53%, aos 114.982 pontos. Com o resultado de hoje, passou a acumular:
quedas de 2,61% na semana e de 5,71% no mês;
ganhos de 4,78% no ano.

O que está mexendo com os mercados?
No Brasil, não há grandes destaques na agenda econômica. Já no cenário político, a expectativa continua pela definição de quando o novo arcabouço fiscal, que traz regras para os gastos do governo, será votado na Câmara dos Deputados.
No exterior, o rendimento dos títulos públicos americanos recua neste pregão, depois de um dia de forte avanço na véspera, após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) dizer que pode continuar subindo os juros na ata de sua última reunião.
O Caué Ribeiro Valim, analista de Alocação e Inteligência da Avenue, destaca que as taxas do Tesouro dos Estados Unidos com vencimento em 10 anos chegaram ao seu maior ponto desde outubro de 2022, justamente porque o Fed “mostrou que continua preocupado com a inflação”.
Os investidores também estão na expectativa pela edição de 2023 do Simpósio de Jackson Hole, que começa na próxima semana. Esse é um dos eventos de economia mais importantes do mundo, que acontece todo ano nos Estados Unidos e reúne diversas autoridades e figuras importantes para discutir sobre os rumos da maior economia do mundo.
Além disso, o que pesa sobre os mercados hoje ainda é a preocupação com a China, que vem dando sinais de maior fraqueza na atividade econômica, com uma sequência de indicadores abaixo do esperado pelos especialistas.
Em meio a essa perspectiva de desaceleração da segunda maior economia do mundo, diversas empresas têm sofrido no país, com destaque para o setor imobiliário.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.