Atletas de handebol são chamadas de “macacas” no Piauí; competição é cancelada

Estudantes que participavam dos Jogos Escolares da cidade de Piripiri, no Piauí, foram vítimas de racismo em uma das partidas da competição. A competição faz parte das atividades do Centro Educacional Municipal Vereador Joaquim de Sousa Cavalcante.

A conta dos Jogos Escolares Piripirienses informou, após o caso, que o time envolvido na prática delituosa foi desclassificado e que a categoria do handebol feminino juvenil será excluída dos jogos.

Em entrevista ao G1, Ana Carine, jogadora que foi ofendida, relatou que o racismo começou no segundo tempo, quando seu time trocou de lado do campo, ficando próximo aos torcedores do time rival.“O jogo começou bem, mas no segundo tempo o nosso time trocou de lado e acabamos ficando de frente para a torcida contrária e aí eles começaram a ofender eu, outra jogadora e a goleira, falando que nós éramos ruins. Depois partiram para os comentários desnecessários e eu acabei chorando quando o tempo acabou, e foi aí que eles nos chamaram de macacas” afirmou.

Ana também contou que, após as ofensas racistas, torcedores começaram a perguntar o que ela e uma colega de time “tinham entre as pernas”.

Veja a nota da Coordenação Geral do Jogos:

“A Coordenação Geral do JEPIR 2023, informa que, após o ato de infração grave, onde houve conduta discriminatória, decide que m conformidade com os artigos 31 e 32 do RGJ2023, excluir do campeonato a modalidade envolvida, qual seja, handboll feminino, na categoria juvenil, bem como todos os atletas identificados na prática delituosa e a torcida presente no momento do evento

Diante do fatídico caso, a comissão organizadora do JEPIR 2023 ratificado total repúdio por toda e qualquer ação ou ato de racismo, discriminação ou preconceito, bem como reafirmar o seu compromisso com a promoção da igualdade racial.”

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