Em nove dias, Operação Escudo prende 160 suspeitos e deixa 16 mortos na Baixada Santista

A Operação Escudo chegou ao total de 160 prisões no sábado, 5, de acordo com o balanço mais recente divulgado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo. Iniciada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no dia 28, em resposta ao assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, da Rota, ela também resultou em 16 mortes e já é a mais letal do Estado desde 2006.

Nos nove dias desde que a operação começou na Baixada Santista, 134 suspeitos foram presos pela Polícia Militar e outros 26 pela Polícia Civil. Ao todo, quase 480 quilos de drogas ilícitas também foram apreendidas por agentes das duas corporações, além de 22 armas de fogo, entre pistolas e fuzis.

Apenas no último sábado, a Polícia Militar prendeu 13 novos suspeitos, dos quais sete já estavam foragidos e eram procurados pela Justiça, segundo a SSP.

No mesmo dia, a Polícia Civil do Guarujá finalizou o inquérito sobre o assassinato do soldado da Rota e indiciou três pessoas pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio e associação ao tráfico de drogas.

Os três suspeitos de envolvimento na morte do policial estão presos desde a quarta-feira, 2, quando o último deles se entregou à Polícia Militar. Ele é apontado como irmão do homem responsável pelo disparo que matou Reis.

A Operação Escudo resultou também em uma série de denúncias de agressões e torturas, que ainda estão sendo apuradas. A quantidade de relatos chama a atenção de órgãos de controle.

Na última semana, a Defensoria Pública do Estado pediu o “fim imediato” da ação policial no Guarujá e que todos os agentes envolvidos nas 16 mortes de civis sejam temporariamente afastados.

A versão da SSP afirma que elas decorreram de conflitos e que os casos são investigados.

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