Na Copa do Mundo, Seleção Brasileira tenta vencer a França pela primeira vez

Depois do empate contra a Jamaica na estreia do Mundial, a seleção francesa chega sob pressão para o confronto de sábado (29) contra o Brasil. Na Copa do Mundo, Seleção Brasileira tenta vencer a França pela primeira vez
Neste sábado (29), a Seleção Brasileira vai tentar quebrar uma sequência de vitórias da França em confrontos diretos.
Toda a concentração da jogadora mais importante da seleção francesa. Wendie Renard, a capitã de 33 anos está em sua quarta Copa.
Mas ela quase não chegou até aqui. Há cinco meses, depois de alguns desentendimentos com a então treinadora Corinne Deacon, Renard anunciou que não jogaria mais na seleção, alegando problemas pessoais.
Isso fez outras atletas também escolhessem não servir mais à equipe francesa. A federação então demitiu Corinne Deacon e, em abril, Hervé Renard assumiu o time – o técnico que em 2022, na Copa masculina do Catar, estava à frente da seleção da Arábia Saudita.
Os árabes foram os únicos a derrotar a Argentina, que depois acabou conquistando o título.
Renard nunca tinha comandado uma equipe feminina. Ele assumiu que tem pouca experiência, mas que acompanha a evolução do futebol feminino.
O maior desafio nesses três meses de trabalho do técnico Hervé Renard vai ser no estádio de Brisbane. Depois do empate contra a Jamaica na estreia da Copa do Mundo, a seleção francesa chega sob pressão para o confronto de sábado (29) contra o Brasil.
O treinador acredita que algumas jogadoras ainda precisam se soltar, precisam estar mais bem preparadas para uma competição internacional. Mas acha que as mais experientes vão ajudar essas outras atletas nessa partida contra o Brasil – que será um teste de alto nível.
Para esse jogo, Wendie Renard ainda é dúvida. Ela está se recuperando de uma lesão na panturrilha esquerda e voltou a treinar com bola só essa semana. A zagueira estava em todas as seis vitórias da França sobre o Brasil na história dos confrontos, incluindo as oitavas de final da última Copa, em 2019.
Hervé Renard disse que precisa da atleta em campo, mas que só terá 100% de certeza que ela vai poder jogar no sábado – horas antes do jogo.
Os óculos escuros protegem o rosto do sol, mas não escondem a euforia da treinadora do Brasil
Na véspera do jogo mais difícil da primeira fase, contra a França, a sueca Pia Sundhage celebra uma preparação na qual tudo saiu dentro do planejado.
A Pia disse que esteve em várias Copas do Mundo, mas essa preparação beirou a perfeição, com os campos de treino, os hotéis. Ela está muito grata.
Ao todo, já são 27 dias da Seleção feminina em solo australiano. Os 15 primeiros em Gold Coast, depois mais quatro em Brisbane, três em Adelaide, local da vitória por 4 a 0 sobre o Panamá, e a volta a Brisbane na terça-feira (25).
“Foi por causa do jogo da França que o Brasil escolheu esse lugar para ficar? Também. Teve parte dentro de todas as decisões”, diz Ana Lorena Marche, coordenadora da Seleção Brasileira.
Até a hora do pontapé inicial contra a França, no estádio de Brisbane, terão sido cinco dias seguidos de preparação nessa cidade. A comissão técnica da Seleção Brasileira acredita no impacto positivo dessa ambientação para o time. Tanto que já tinha escolhido passar por lá antes mesmo de a Copa começar. Qualquer vantagem contra as francesas é bem-vinda.
“Quais são os principais objetivos de cada um? Para a gente, o clima era uma coisa muito importante. E tentar reduzir o número de viagens”, diz Ana Lorena Marche, coordenadora da Seleção.
Na manhã desta sexta-feira (28), a comissão técnica passou as últimas orientações para as jogadoras. Os cuidados defensivos serão prioridade contra a França. A Luana, volante da Seleção, do Corinthians, e ex-jogadora do Paris Saint-Germain, é especialista em marcar francesas e tem algumas dicas para o restante do time.
“Com certeza, temos que ter atenção dobrada com, principalmente, as transições ofensivas delas e, se for possível, tentar parar antes delas chegarem no ataque”, afirma Luana.
Para, enfim, vencer a sexta melhor equipe do mundo, não basta marcar. É preciso eficiência no ataque. Jogar bonito está na essência do futebol brasileiro, mas a chefe da turma não se importaria com uns gols mais simples.
A Pia disse que sempre fala para jogadoras que o importante é fazer o gol. Mas elas sempre querem fazer uma jogada mais chique.
Como o gol da Bia Zaneratto contra o Panamá. Se acontecer algo parecido, ninguém vai reclamar.
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